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PolíticaViolência política após a Guerra Civil de 1932 causou ao menos duas mortes em São Carlos

Violência política após a Guerra Civil de 1932 causou ao menos duas mortes em São Carlos

Para além da violência física – por vezes, mortal – as hostilidades ocorriam no discurso proferido pela imprensa

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Para além das oito vidas perdidas durante a Guerra Civil de 1932, o inconformismo dentre os são-carlenses causou pelo menos mais duas mortes no esteio da rendição paulista na Revolução Constitucionalista.

Apesar de passados 92 anos da derrota paulista, em que mais de 600 combatentes de São Paulo sucumbiram, a história é amenizada com a visão de que o Estado obteve uma “vitória moral”, com a elaboração da Constituição de 1934 – que caiu após a instauração do Estado Novo em 1937.

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Em São Carlos, a hostilização a getulistas terminou em mortes, após a rendição de outubro de 1932. O município, no contexto da Revolução de 1930, estava sob intervenção de José Maria de Souza (PSB).

Segundo a Fundação Pró-Memória de São Carlos, uma das contendas envolveu um engenheiro getulista Emigdio Germano Rodrigues Filho, da Cia. Paulista, que insultado por dois contrários ao governo federal, reagiu atirando. Um farmacêutico de 28 anos reagiu aos disparos e o feriu mortalmente.

Em outro caso, no carnaval de 1933, o desfile do grupo Flor de Maio pela Avenida São Carlos foi hostilizado pelo público antigetulista, devido ao fato de integrantes da agremiação serem apoiadores do interventor local. Houve luta e intenso tumulto, com invasão da cadeia pública e soltura dos presos. Em reação, o prefeito e amigos reagem a tiros. Um dos disparos atinge um adolescente de 16 anos, que morreu na hora.

Discurso uníssono

Para além da violência física – por vezes, mortal – as hostilidades ocorriam no discurso proferido pela imprensa.

O predomínio das elites locais – e antigetulista – imprimia o discurso oficial paulista nas páginas dos jornais da época e bania qualquer fala que discordasse

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Quando da nomeação do interventor José Maria de Souza, o pasquim “ A Farpa” passou a circular em São Carlos ridicularizando, de forma cáustica, o novo governante. “Requintado embusteiro”, era como o jornal se referia ao interventor.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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