9 de maio de 2024
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EP Agro

Pesquisa mostra como diminuir emissão de gases de efeito estufa nas pastagens

Estudo avaliou o estoque de carbono em solos sob mata e sob pastagem, em que esta última representa um dos principais usos da terra no Brasil

Um dos maiores desafios da atualidade é reduzir a emissão de gases de efeito estufa, assim como os impactos das mudanças climáticas. Como os setores agropecuários são um dos grandes responsáveis por essas emissões, uma pesquisa identificou que boas práticas de manejo de pastagem podem aumentar o sequestro do carbono no solo, reduzindo esse fator.

As pastagens representam um dos principais usos da terra no Brasil, com cerca de 159 milhões de hectares. A maior parte delas apresenta algum nível de degradação, o que pode aumentar ainda mais as emissões de gases.

O estudo, feito pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em colaboração com Embrapa Meio Ambiente, IAC (Instituto Agronômico) e Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP, avaliou o estoque de carbono em solos sob mata e sob pastagem. 

 

 

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Uma das pesquisadoras envolvidas, Cristina Maria Pacheco Barbosa, explica que foram analisadas amostras de solos de dois pareamentos de mata e pastagem.

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“Avaliamos três tratamentos: pastagem exclusiva de gramínea; pastagem exclusiva de gramínea com suplementação proteica aos animais; e pastagem de gramínea consorciada com leguminosa. Dependendo da textura do solo é possível ter o mesmo acúmulo de carbono no solo de mata ou pastagem, e com o tempo é possível que o do solo sob pastagem supere o do solo sob mata”, diz.

A partir disso, ela afirma que foi possível verificar que pastagens mal manejadas, pouco produtivas e com baixa cobertura do solo devem resultar em déficit de carbono em relação à cobertura florestal original. Por outro lado, pastagens com boas práticas de manejo, como adubação nitrogenada, consórcio com leguminosas, sistemas de pastejo rotacionado ou diferido, podem superar os estoques originais de carbono no solo.

Além disso, essas boas práticas também têm impactos positivos diversos na produção, segundo Barbosa, como, por exemplo, na maior eficiência de uso dos nutrientes e no equilíbrio biológico dos sistemas.

 

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Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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