18 de maio de 2024
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Educador em Ação Especiais

Diversidade é tema do projeto Minha cor, minha identidade, da professora Gisele Colto Ermacara

Proposta desenvolvida no CEMEI Prof. Paulo Freire, com crianças de dois e três anos, é uma das três finalistas do Educador em Ação

Crianças conheceram a trajetória de mulheres engajadas na luta por direitos sociais
Crianças conheceram a trajetória de mulheres engajadas na luta por direitos sociais

O nome da escola é uma reverência ao educador brasileiro que revolucionou o pensamento sobre a diversidade e a necessidade de um processo dialógico de ensino-aprendizagem. Foi ali, no CEMEI Prof. Paulo Freire, em São Carlos, que a professora Gisele Colto Ermacara desenvolveu o projeto “Minha cor, minha identidade”, um dos finalistas da edição deste ano do Prêmio Educador em Ação.

A partir do livro “A cor de Coraline”, de Alexandre Rampazzo, ela trabalhou, com 15 crianças de dois e três anos, o respeito às diferenças étnicas e culturais representadas na cor da pele. O livro conta a história de uma menina que se vê diante do pedido de um amigo, quer um lápis cor de pele. Ao olhar para a caixa de lápis de cor, ela pergunta: “de qual pele?”.

O início da implementação da proposta foi com contação de história. Depois, roda de conversa, em que os alunos foram convidados a responder qual era a cor da pele deles. Com a ajuda de um espelho, cada um pôde conhecer melhor suas características, como olhos e cabelos, bem como foram estimulados a olhar para os amigos, para reconhecer que temos diferenças, mas que não podemos ser desiguais por causa disso.

Outros livros foram introduzidos na conversa, bem como foram apresentadas mulheres que lutaram ou ainda lutam por espaço na sociedade, como Dandara, Frida Kahlo, Angela Davis, Malala, Greta Thunberg, Txai Suruí, entre outras. A professora explica, no relatório enviado ao concurso, que a escolha pelas mulheres teve, como objetivo, destacar a transformação que marca a trajetória feminina na busca pela igualdade de direitos sociais. Os alunos puderam, então, relacionar a própria cor da pele com a das personagens retratadas. “Com isso, as crianças se reconhecem como pertencentes a um grupo étnico, com caraterísticas próprias, e se respeitam”, afirma a professora.

As crianças também observaram fotos de familiares e coloriram desenhos que os representavam, elaborados pela desenhista Bianca Antunes Ferri. Usaram, ainda, fios de lã para representar os cabelos.

“Esse projeto pode ajudar a pensar uma educação inovadora acompanhando a formação integral das crianças a partir da reflexão sobre o respeito, a empatia, aprimorando o nosso olhar de combate ao preconceito e ao racismo, valorizando as relações interpessoais e a busca de ações sustentáveis importantes para nossa subsistência. Precisamos formar cidadãos ativos e reflexivos, com valores pautados no respeito e na convivência democrática, que desenvolva ações para a construção de um futuro melhor”, declara.

Professora Gisele: "Precisamos formar cidadãos ativos e reflexivos, com valores pautados no respeito e na convivência democrática"
Professora Gisele: “Precisamos formar cidadãos ativos e reflexivos, com valores pautados no respeito e na convivência democrática”

Carreira
Gisele se formou em Pedagogia, em 2005, mesma época em que iniciou a carreira docente. Trabalhou com séries iniciais do Ensino Fundamental em Ibaté. Em 2009, prestou concurso para a Educação Infantil em São Carlos, pela qual afirma ser apaixonada principalmente pela fase dos zero aos três anos. Também fez especializações, em Educação Infantil, Ensino Lúdico e Alfabetização.

“Sou realizada com minha profissão e estou construindo a minha identidade como professora de crianças pequenas. Como educadores, temos a responsabilidade com o desenvolvimento das crianças, contribuindo para a educação crítica e reflexiva, formando indivíduos ativos, responsáveis e atuantes perante a sociedade”.

Uma reflexão que daria orgulho a Paulo Freire.

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