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Um documento do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil sobre o desempenho brasileiro em relação os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) acendeu um alerta vermelho. De acordo com o Relatório Luz 2022, o país está “vivenciando significativos e sérios retrocessos”, tendo demonstrado progresso satisfatório em apenas uma das 169 metas definidas.
Contudo, o mau desempenho do Brasil enquanto nação não significa que, em regiões menores, como em nível municipal, ações não estejam acontecendo para evitar os mesmos resultados. “Para o sucesso de um projeto tão ambicioso, é imprescindível que cada ator social estabeleça estratégias, políticas, planos e programas consistentes com cada uma das metas e que a evolução do processo de implementação seja regularmente monitorada”, defende a bióloga Isabela Pelatti, servidora do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de São Carlos.
Nessa cidade do interior de São Paulo, as secretarias municipais de Educação (SME) e de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação (SMMACTI), além do SAAE, se uniram em projetos de Educação Ambiental, de forma a conscientizar a população da importância dos ODS e, ao mesmo tempo, colocar em prática ações que favoreçam o cumprimento de cada um dos objetivos.
Entre as iniciativas de destaque, desenvolvidas ao longo de 2022, o projeto-piloto ACorDar teve como principal missão fazer do município um agente ativo nas questões ambientais, partindo do reconhecimento das diferentes realidades da cidade e das unidades escolares. Para isso, foram realizados 13 encontros voltados à formação profissional de educadores e pessoas da comunidade em geral, como explica a bióloga Isabela, que hoje também atua na equipe técnica de projetos da SME.
“Com a nossa meta relacionada aos ODS, a Educação Ambiental crítica se tornou fundamental em nosso trabalhado e vem ganhando forças no contexto escolar. Ela prevê um coletivo de pensamentos envolvendo aspectos sociais, políticos, éticos, estéticos, econômicos e culturais no debate da temática ambiental. Assim, vai além do aspecto naturalista/biológico/conservador e já nos permite colher resultados muito gratificantes”.
Ações múltiplas
A multiplicidade do projeto ACorDar fica claro em seus objetivos, os quais pretendem alcançar:
– A construção coletiva dos saberes e fazeres;
– A valorização da diversidade das realidades locais;
– A realização de ações interconectadas;
– A observação crítica e criativa da realidade;
– E o enraizamento comunitário.
Tudo a partir de processos de aprendizagens e transformações de indivíduos e grupos, e do reconhecimento de desafios, problemas, necessidades, contradições, potencialidades e possibilidades.
Na opinião da bióloga do SAAE, são esses tipos de ações coordenadas entre governos, empresas, universidades e sociedade civil que permitirão o cumprimento dos objetivos propostos pela ONU.
“Muitas ações, em diferentes níveis da sociedade e nas mais diferentes formas, estão sendo realizadas. O desafio é muito grande, mas a cidade de São Carlos está fazendo sua parte. Muito ainda pode e deve ser realizado”, avalia.
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