3 de maio de 2024
- Publicidade -
Educador em Ação

Música e literatura favorecem imaginação nas salas de aula

Projetos inscritos no Educador em Ação estimulam aprendizado por meio de batidas de um tambor ancestral e de visitas a uma biblioteca pública

Viagens embaladas por música e literatura. Os projetos inscritos no Educador em Ação 2023 pelas professoras Marcela Peruzzo Moritz, do CEMEI José de Campos Pereira, e Dalgisa dos Santos Brito de Souza, do CEMEI Ida Vinciguerra, propõem uma conexão com aspectos históricos e culturais.

Marcela afirma que, com a volta presencial, após o distanciamento físico imposto pela pandemia de Covid-19, percebeu que as crianças precisavam recuperar o ritmo e, para isso, seria interessante se desligarem um pouco das telas para estabelecer contatos com elementos da natureza, com o outro e com elas mesmas.

Para isso, propôs o projeto “A viagem da sementinha: educação ambiental com música e jardinagem”. A professora conta que a implementação da ideia começou com uma roda de conversa, em que os alunos souberam como seria a experiência. Depois, ao som de um tambor ancestral, o Lakota, vivenciariam cada etapa do desenvolvimento de uma semente.

“A música no desenvolvimento infantil contribui para a integração da sensibilidade e da razão, colabora com a comunicação, expressão corporal e socialização, estimula a concentração e a memória, além de ser uma ótima forma para as crianças brincarem e se divertirem. Geralmente, as brincadeiras com música são as preferidas das crianças e essa maneira lúdica de introduzir a música na vida delas vai trazer muitos benefícios para o cérebro e para o emocional”, explica a professora.

Quando as batidas do instrumento faziam referência ao elemento “ar”, as crianças se transformavam em “sementes voadoras”. No elemento terra, elas se deitavam no chão, para sentir o frescor do solo após o cansaço da viagem pelo ar. No momento do elemento água, gotículas eram borrifadas nelas. E, no elemento fogo, elas se espreguiçavam, se levantavam e simulavam o crescimento possibilitado pela luz solar.

Em seguida, as crianças plantaram sementes de Tipuana e Girassol na área externa da escola e, de novo com música, fizeram registros em desenhos, fotos e vídeos. A cada semana, uma turma ficava responsável por regar as plantas, que estão em crescimento, estimulando o desenvolvimento, por outros professores, de novos projetos nessa temática.

Marcela é professora na Educação Infantil há 15 anos. Estudou música dos oito aos 16, fez Magistério e Biologia, com pós-graduação em Educação infantil, Ambiental e Musicalização, e mestrado em Agronomia. “Sempre trabalhei questões ambientais, priorizando o contato das crianças com elementos naturais e também a música”.

Na área externa da escola, crianças plantam sementes: dinâmica também é feita com música
Na área externa da escola, crianças plantam sementes: dinâmica também é feita com música

Na biblioteca
Enquanto uns são estimulados a exercitar a imaginação sobre a trajetória de uma semente por meio da música, outros colhem os frutos do conhecimento a partir da leitura, o que demonstra a multiplicidade de linguagens possíveis na Educação Infantil.

- Publicidade -

Nesse sentido, a professora Dalgisa enxerga a biblioteca pública como uma entidade social aberta à comunidade e que, por isso, deve ser valorizada. Após o convite para que uma de suas turmas de crianças participasse de rodas de leitura na Biblioteca Pública Municipal Profª Ana Celina da Silva Escobal, ao lado da escola, a professora percebeu o quanto era gratificante para elas aquele momento em outro ambiente. “A partir daí, começamos a frequentar a biblioteca uma vez por semana, para vivenciarmos a hora do conto, e continuamos fazendo esse trabalho há aproximadamente dez anos”.

Ela explica que a exploração e a aproximação com o universo mágico dos livros, além da mudança de espaço físico, despertam o interesse pela cultura letrada. “Diante disso, decidimos realizar nossas vivências de leitura e de contato com o livro no próprio espaço da biblioteca. Para entendermos esse processo, muitas foram as indagações: Qual a idade ideal para frequentar uma biblioteca? Qual a periodicidade para as visitas? Quais as vivências possíveis a serem realizadas? O espaço da biblioteca pode ser considerado um fator decisivo para o incentivo à leitura?”

Quando a visita é para realizar leitura, a vivência é iniciada com música. Depois, é feita a exploração da capa, informações sobre o autor, ilustrador, até a entrada na história do livro. “Para finalizar, o livro é disponibilizado às crianças que demonstrarem interesse em recontar a história. O reconto pode ser individual ou com a participação de todas.”

Em outros dias de visita, as obras podem ser manuseadas livremente, para que as crianças aprendam a cuidar dos livros. “Elas passam a imitar a professora, contando histórias para os amigos e para os bonecos, como se fossem crianças”. “Elas também participam de dramatizações, fazem desenhos, colagens, pinturas, além de apreciarem exposições itinerantes”, conclui Dalgisa.

- Publicidade -
Biblioteca é explorada de várias maneiras pelos alunos, que aprendem a manusear livros e mergulham nas histórias
Biblioteca é explorada de várias maneiras pelos alunos, que aprendem a manusear livros e mergulham nas histórias
Avatar
Portal da Prefeitura Municipal de São Carlos - SP.
- Publicidade -
plugins premium WordPress