20 de maio de 2024
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Curiosidades

Chita: tecido indiano virou sensação das festas juninas

A estampa da chita é praticamente um símbolo dos festejos juninos

A chita é um tecido feito de algodão, colorido e bastante estampado, muitas vezes florido. Trata-se de um tecido que faz parte da história do Brasil e que está fortemente presente na nossa cultura, sendo visto com muita frequência nesta época do ano. Antigamente, por conta de as festas populares serem promovidas pelas cortes, as mulheres tinham que usar vestidos voluptuosos e rodados. Daí a origem dos vestidos de quadrilhas, que, em nosso país, acabaram sendo confeccionados com os tecidos mais coloridos e chamativos disponíveis, principalmente chita.

Mas a trajetória do tecido chita começou no século XV, na Índia. Com o passar do tempo, entre os séculos XVII e XVIII, os países europeus iniciaram um processo de apropriação do tecido. Portugal foi um dos últimos países europeus a começar a fabricar chita, o que culminou na chegada dela ao Brasil. 

Em 1872 foi fundada a Companhia de Fiação e Tecidos Cedro & Cachoeira, em Curvelo, Minas Gerais. A primeira grande indústria dedicada a produzir chita no Brasil, infelizmente, embora continue em funcionamento até hoje, deixou de fabricar o tecido em 1973.

Mas o tecido alegre e colorido segue sendo o queridinho das festas juninas e enfeita qualquer arraiá, seja nas toalhas de mesa e decorações e, claro, nos vestidos que fazem sucesso nas quadrilhas. Uma das vantagens desse material é o seu preço bem acessível, além da sua maleabilidade, afinal, qualquer retalho pode servir para decorar muita coisa.

Saiba como é a produção da chita

A chita é produzida por meio de um processo simples, no qual o algodão é tingido e estampado com rolos de impressão. Esse processo permite que as estampas sejam facilmente reproduzidas em grande quantidade, o que barateia seu processo.

Devido a mudanças de hábitos de consumo e a urbanização do país, a chita hoje é mantida mais como um símbolo de um passado rural, por isso ainda é tão usada nas festas caipiras. Mas tem estilistas que têm buscado cada dia mais valorizar a essência do tecido que é praticamente uma característica da cultura brasileira.

Luciana Félix
Supervisora de conteúdo do ACidade ON e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do ACidade ON Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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