18 de maio de 2024
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Educador em Ação Especiais

Sentimentos e meu lugar no mundo, da professora Lea da Silva Veras, trabalha o controle das emoções

Finalista do Prêmio Educador em Ação, projeto foi desenvolvido com crianças entre quatro e cinco anos no CEMEI Aracy Leite Pereira Lopes

A expressão de sentimentos envolve uma série de conexões neurais e está ligada a uma rede de contatos com pessoas dos mais diversos perfis. É justo, então, que, quando uma professora decide trabalhar essas questões com seus alunos, mobilize um grande número de atividades, com objetivos também diferentes, mas que se complementam.

A professora Lea da Silva Veras, do CEMEI Aracy Leite Pereira Lopes, de São Carlos, assumiu esse desafio quando propôs o projeto “Sentimentos e meu lugar no mundo” à sua turma de crianças pequenas, fase dos quatro aos cinco anos e 11 meses. Ela adotou uma abordagem baseada em cinco pilares interligados: sentimentos, autoconhecimento, relações étnico-raciais, relações familiares e meio ambiente.

A partir disso, organizou leituras de livros ilustrados, apresentou e cantou cantigas com as crianças, exibiu filmes, realizou oficinas com profissionais, incentivou a produção de autorretratos, promoveu rodas de conversa com a participação das famílias, desenvolveu atividades de construção de vasos, hortas e composteiras, entre outras ações. Tudo com o objetivo de permitir às crianças identificar, nomear e expor adequadamente suas emoções, encontrando “seu lugar no mundo”.

“Esse projeto surgiu de perceber quanto meus alunos estavam precisando de direcionamento na questão da educação emocional. A minha inquietação era a de que eu precisava fazer algo para ajudá-los nessa caminhada, para que pudessem sentir e se expressar de forma saudável, respeitando a si a aos outros”, conta Lea.

Mas havia ainda outro motivo: apostar numa educação mais integral e integradora nas diversas questões que a Educação Infantil se propõe a trabalhar. Ela acredita que o projeto pode ajudar a promover uma reflexão sobre nossa jornada individual e sobre como a formação de indivíduos conscientes e respeitosos se conecta ao bem-estar coletivo, contribuindo para uma sociedade mais saudável e equilibrada.

“Uma das qualidades inovadoras desse projeto é a capacidade de integrar aspectos que muitas vezes estão fragmentados nos processos educacionais. Ele nos convida a repensar a educação, buscando inovação e trazendo diferentes partes do aprendizado em um todo coeso”.

Lea se formou primeiro em Engenharia Química e se interessou pela Educação Infantil após vínculo com professores: “Abracei a oportunidade”

Diversificação
O início da trajetória profissional de Lea foi “diversificada”, como ela mesma define. Não tinha ligação com a Educação Infantil. A primeira formação foi como engenheira química. Fez Doutorado em Química no exterior e pós-doutorado em ensino de Ciências na USP de São Carlos.

Quando começou a trabalhar com formação de professores, com foco em Metodologias Ativas, ainda dava aulas de Química na UFSCar. Até perceber que precisava fortalecer sua base pedagógica. E resolveu cursar Pedagogia. Simultaneamente, foi se aprofundar em Metodologias Ativas voltadas à primeira infância. “Ao mergulhar nesse mundo, percebi que poderia ser interessante”.

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E foi. O desejo a levou a prestar concurso para a Prefeitura de São Carlos. “Ao ser aprovada, abracei a oportunidade e me tornei educadora dedicada às crianças pequenas. Estou orgulhosa de ter completado dois anos atuando com entusiasmo nessa área da Educação Infantil”.

Com isso, Lea mostra que é um exemplo daquilo que prega: trabalhar os sentimentos para aproveitar as várias possibilidades de conexões que a vida oferece.

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