A Renault do Brasil está num processo rápido de renovação de toda a sua linha de produtos. E de maneira ousada está apostando também na importação de veículos 100% elétricos. Depois do interessante Zoe e do Kangoo Z.E., a marca está vendendo com sucesso o seu pequeno Kwid E-Tech.
O Kwid e-Tech, o veículo elétrico mais acessível do Brasil, vai proporcionar a uma maior parcela de consumidores terem acesso a um carro 100% elétrico. Mas não será fácil convencer o consumidor particular a pagar 150 mil reais num carro tão despojado.
Agora, para frotas, o modelo é muito interessante, ainda mais no plano Renault on Demand, que oferece diversas opções de assinatura de longa duração. Todas incluem os serviços de revisões preventivas, gestão de documentos e taxas relacionadas ao veículo, como IPVA e licenciamento, além de seguro.
Simples
Externamente , o Kwid e-Tech é muito parecido com o irmão a combustão, ficando nos pequenos detalhes as diferenças. Inclusive, durante o teste, houve comentários que pessoas que diziam “nossa, esse Kwid tem uma frente diferente”, sem saber que era o modelo elétrico.
Isso porque como não necessita da ventilação para resfriar o motor à combustão, o e-Tech não tem grade. Na dianteira, atrás do grande logo da marca, fica a tomada para abastecer as baterias.
Na dianteira, o modelo ainda conta com um capô vincado, um grande para-choque, além de um conjunto óptico separado com luzes de circulação diurna (DRL) em LED. As traseiras são iguais.
Por dentro, apesar de agradável, é muito simples. Afinal, estamos falando de um modelo de entrada, independentemente de ser elétrico ou à combustão. Mesmo sendo um carro pequeno, o espaço para quatro passageiros é bom e achar a melhor posição para dirigir é fácil. Ficaria mais agradável, se tivesse regulagem de altura do volante.
Mas, o motorista acaba se acostumando.
O modelo vendido no Brasil não tem opcionais e vem equipado com seis airbags, ESP-controle eletrônico de estabilidade, ABS com BAS-Braking Assist System e assistente de partida em rampa (HSA), câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro, sistema multimídia Media Evolution e direção elétrica.
Ágil
O modelo testado pelo TUDO AUTO surpreendeu por ser muito ágil e rápido no trânsito urbano. Com a carga completa, o Kwid 100% elétrico tem autonomia de 218 quilômetros.
Para quem utiliza somente na cidade, e logicamente na média diária do motorista brasileiro, que é em torno de 30 quilômetros, o consumidor do Kwid E vai andar os sete dias da semana sem precisar carregar. E pode andar até mais, já que quando pisa no freio aciona a energia regenerativa recarregando aos poucos as baterias.
Segundo cálculos da ANP – Agência Nacional do Petróleo, o valor médio de 1 kWh é de R$ 0,66, ou seja, o custo de um quilômetro rodado com um modelo elétrico é de R$ 0,06. Esse mesmo quilômetro rodado custa R$ 0,40 em um veículo à gasolina. Resumindo: uma excelente economia.
Porém, como todo o carro elétrico, o consumo na estrada a 100 quilômetros por hora é superior a 30%, o que significa que, com a carga total, a autonomia cai para menos de 200 quilômetros. Como no nosso caso, se estiver em Campinas e precisar ir à capital do Estado, na ida ou na volta, tem que fazer uma parada para “abastecer” as baterias.
Mas vale destacar que o Kwid E-Tech é um city car e nesse caso, um eficiente produto.
Para se ver a agilidade do Kwid elétrico na cidade, saindo de um semáforo, por exemplo, ele precisa de apenas 4,1 segundos para chegar a 50 quilômetros por hora. A velocidade máxima é limitada em 130 quilômetros por hora. (Antônio Fraga)