12 de dezembro de 2024
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Conhece a dieta mediterrânea? Estudo diz que previne doenças cardíacas

Comer direito faz a diferença na vida de qualquer pessoa. Para corredores, isso é ainda mais relevante. Um estudo aponta os benefícios desse estilo de alimentação característico das regiões banhadas pelo Mar Mediterrâneo

Alimentos típicos de uma dieta mediterrânea
Alimentos típicos de uma dieta mediterrânea

Todo corredor coloca o coração à prova. Não apenas em função da emoção nas provas, mas, e principalmente, pelo esforço a cada quilômetro percorrido. E um coração saudável é o reflexo em um corpo saudável. Nesse sentido, o combustível conta, e muito. Comer direito é um ponto crucial para levar uma vida boa e ativa;

Estudo com duração de sete anos, realizado na Espanha, e recentemente publicado na revista científica The Lancet, indica que uma dieta mediterrânea previne doenças cardíacas melhor que uma dieta baseada em uma alimentação com baixo teor de gordura.

Outro estudo, este publicado no Journal of the American Heart Association, aponta que pessoas que mantêm a dieta mediterrânea tradicional possuem um risco 26% menor de morte cardíaca súbita.

COMIDA DE GREGO
Mas o que é uma dieta mediterrânea? O modo de vida dos moradores das regiões banhadas pelo Mar Mediterrâneo, como Grécia, Itália e sul da Espanha e da França está associado à saúde cardiovascular e à longevidade há bastante tempo.

O cardiologista, Francisco Pupo aponta que essa dieta é composta por comida fresca e natural como frutas, legumes, peixes (ricos em ômega 3) , azeite, oleaginosas, grãos e cereais, além de um pouco de vinho. Leites e queijos são consumidos com moderação. Já a carne vermelha é consumida raramente.

Outra vantagem da dieta mediterrânea é que ela abrange vários grupos de alimentos, e isso a deixa mais fácil de ser levada à risca, em comparação com dietas restritivas. Além disso, oferece uma variedade maios de opções culinárias.

O ESTUDO
Para a realização do estudo, os pesquisadores espanhóis recrutaram 1.002 pessoas com idades entre 20 e 75 anos que tinham doença arterial coronariana – obstrução das artérias coronárias, os vasos sanguíneos que irrigam o músculo do coração. Durante o experimento, metade dos indivíduos foi aleatoriamente designado para seguir uma dieta com baixo teor de gordura, enquanto os outros seguiram uma dieta mediterrânea.

Todos eles se encontravam com um nutricionista pelo menos uma vez por mês, sendo pessoalmente ou por telefone. Ambas as dietas priorizavam vegetais, frutas, grãos integrais e legumes, bem como peixes e aves. Contudo, a dieta mediterrânea apresentava mais azeites, nozes e peixes gordurosos, enquanto a dieta com baixo teor de gordura incluía mais grãos, batatas e legumes, além de enfatizar técnicas de cozimento com baixo teor de gordura.

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Após sete anos, aqueles que seguiram a dieta mediterrânea tiveram significativamente menos ataques cardíacos, derrames e outros problemas relacionados quando comparados àqueles que seguiram a dieta com baixo teor de gordura. Segundo os autores, este estudo de longa duração forneceu a evidência mais extensa até o momento sobre os benefícios cardíacos de um padrão alimentar no estilo mediterrâneo.

De acordo com o cardiologista Francisco Pupo, a dieta mediterrânea é considerada a mais saudável do mundo e traz diversos benefícios. Ele explica que este estilo de alimentação “mostrou inúmeros benefícios, entre os quais estão a diminuição do risco da doença cardíaca e do derrame, além da prevenção do Alzheimer. Também foi observado a melhoria da artrite reumatoide e proteção contra alguns tipos de câncer”.

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