19 de maio de 2024
- Publicidade -
ON Run

Entenda como a corrida ajuda na qualidade de vida dos diabéticos

Tanto atletas como Gabriela Tardivo, campeã sul-americana de cross country e portadora de diabetes tipo 1, como amadores, ganham saúde com a atividade física

Nem bem cruzou a linha de chegada após os 6 km da prova que garantiu o bicampeonato do Sul-Americano de Cross Country na categoria Sub-20, Gabriela de Freitas Tardivo sentou-se na grama para medir a glicemia. Com diabetes do tipo 1, descoberto após o Mundial Sub-20 de Cáli, na Colômbia, a corredora ganhou nova rotina desde agosto de 2022, que inclui a injeção de insulina e medições constantes da glicose.

Aos 18 anos, a atleta nascida em Curitiba, no Paraná, foi a atleta mais rápida no campeonato disputado na manhã do domingo (21/1) no Parque Ecológico Jardim Esperança, na cidade mineira de Poços de Caldas. A informação de que como campeã, disputaria o Campeonato Mundial de Bathurst, na Austrália, dia 18 de fevereiro, só foi assimilada depois da medição da glicose. Gabriela chorou de alegria. “Estou mais acostumada com a situação (como diabética), mas é preciso ter uma atenção constante. O problema não tem me atrapalhado nos treinos e nas competições”, contou, sorrindo, e com mais planos para o seu futuro.

Gabriela concilia, com sucesso, o esporte de alto rendimento com diabetes. Mas, e os corredores amadores diabéticos? É possível correr e se manter saudável, mesmo convivendo com a doença?

A resposta é sim. E mais, o esporte faz diferença na qualidade de vida dos diabéticos. Tanto, que American Diabetes Association (ADA), divulga uma lista com recomendações de exercício físico para pessoas com diabetes. Confira:

– Crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 ou tipo 2 ou pré-diabetes devem participar de 60 min/dia ou mais de atividade aeróbica de intensidade moderada ou vigorosa, com atividades vigorosas de fortalecimento muscular e fortalecimento ósseo por pelo menos 3 dias/semana.

– Pacientes adultos devem praticar pelo menos 150 min/semana de atividade física aeróbia de moderada a vigorosa intensidade (50 a 70-80% da FCMáx), pelo menos 3 dias/semana.

– Durações mais curtas (no mínimo 75 min/semana) de intensidade vigorosa ou treinamento intervalado podem ser suficientes para indivíduos mais jovens e com melhor condicionamento físico.

- Publicidade -

– Na ausência de contraindicações, pacientes devem realizar treino de resistência 2 a 3 vezes por semana e em dias não consecutivos.

– Recomenda-se a redução do tempo “sedentário”, particularmente com intervalos na atividade sentada (interrompida pelo menos a cada 30 minutos).

-Recomenda-se treinamento de flexibilidade e equilíbrio entre 2 e 3 vezes/semana para idosos com diabetes. O yoga e o tai chi podem ser incluídos com base nas preferências individuais para aumentar a flexibilidade, força muscular e equilíbrio.

CONHEÇA A DOENÇA
Segundo informações do Portal Fiocruz, o diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não é capaz de produzir insulina, a sua produção é insuficiente ou quando o corpo não é capaz de fazer bom uso da insulina que produz.
 

- Publicidade -

LEIA MAIS 
Entenda a importância do glicogênio muscular para sua corrida

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) define desta forma os dois tipos da doença:  

Diabetes Tipo 1
Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença.
O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.

Diabetes Tipo 2
O Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla a taxa de glicemia.
Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.

CORRIDA + SAÚDE
Importante entender que, quando uma pessoa se exercita, é preciso menos insulina para manter os níveis de açúcar no sangue sob controle. Isso porque atividade física como a corrida aumenta a sensibilidade à insulina nas células do corpo.

Importante reforçar que a atividade física deve ser regular e combinada com uma dieta saudável. E que a rotina diária, alimentar e esportiva devem ser acompanhadas por profissionais da medicina, nutrição e educação física.
 

Com informações da FioCruz e Sociedade Brasileira de Diabetes

Avatar

administrator
Formado em Publicidade e Propaganda com ênfase em Marketing, além de ser jornalista e possuir MBA em Gestão de Projetos. Faz parte da equipe do Grupo EP desde 2017, atualmente como Supervisor de Mídias Digitais. Tem experiência no desenvolvimento de estratégias de marketing digital, trabalha em conjunto com uma equipe criativa e busca constantemente a inovação e as últimas tendências do setor.
- Publicidade -
plugins premium WordPress