O ator Marcelo Serrado revelou em entrevista ao jornal O Globo que ainda lida com as consequências da síndrome do pânico. Ele foi diagnosticado durante a pandemia e ainda usa medicamentos para evitar as crises.
“Estou medicado até hoje. Eu sentia a mão formigando e o coração disparado. Estava num hotel fazendo um trabalho, o [ator] Eduardo Galvão tinha morrido e três dias depois tive isso”, contou.
De acordo com Marcelo, a morte de Galvão mexeu com ele, por serem da mesma idade.
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“Era um cara da minha idade, aquilo detonou algo em mim. Sucumbi e falei: ‘Vou morrer’. Liguei na minha casa e ninguém atendeu, fui parar na minha sogra, que ligou para um médico”, afirmou.
Ele contou que toda vez que ia para um hotel tinha um gatilho.
“Teve um dia que estava na cama com meus filhos, tranquilo, e o coração começou a disparar. Pensei: ‘Está tudo bem, estou aqui deitado com meus filhos”‘. Comecei a respirar e foi melhorando. Só que até eu chegar nesse ponto… Remédio e meditação transcendental me ajudaram muito”, revelou Serrado.
O ator disse que falar sobre ansiedade nas redes sociais o ajudou, já que encontrou muitas pessoas que estavam passando pelo mesmo que ele.
“Foi muito bom para mim, revelador. Foram 200 mil curtidas no vídeo, comecei a bater papo com centenas de pessoas que passam por isso. Aquilo começou a me curar um pouco”, declarou.
Serrado ainda disse que as pessoas o questionavam como tinha síndrome do pânico, sendo que ele era ator, tinha um salário legal e uma família.
As pessoas falavam: “‘Você é um ator bem-sucedido, com a família legal, salário, como tem síndrome do pânico?’. Ninguém escolhe, ela vomita em cima de você. É quase uma entidade, um encosto”, finaliza.
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