O último episódio da segunda temporada do “Linha Direta” (EPTV/ TV Globo) vai ao ar nesta quinta-feira (27). Desta vez, o programa vai a Fortaleza (CE) para investigar os crimes do Maníaco da Moto, caso de 2014. Na época, pelo menos oito mulheres e meninas foram vítimas de um homem que, anos mais tarde, teria sido libertado pela própria Justiça.
O que aconteceu no caso do “Maníaco da Moto”?
Em 2014, um homem que ficou conhecido como maníaco da moto fez uma série de vítimas nas ruas dos bairros Parangaba, Maraponga e Vila Peri, em Fortaleza. Nas abordagens, o criminoso utilizava uma motocicleta de cor vermelha, ameaçava as mulheres e meninas com uma faca e, em seguida, as abusava.
Durante as investigações, uma das vítimas, uma criança de 11 anos, reconheceu o borracheiro Antônio Cláudio como o maníaco da moto. Porém, em 2020, o homem teve a inocência comprovada pela Defensoria Pública e pelos advogados do Innocence Project Brasil, entidade que trabalha em favor da defesa de condenados erroneamente pelo poder judiciário.
Acontece que em 2019, um segundo homem havia sido apontado como o verdadeiro maníaco. Ele chegou a ser preso por um ano e dois meses após ter atacado duas melhores enquanto Antônio ainda estava preso. Porém, a Justiça decidiu negar o pedido de prisão preventiva feito pelo polícia. Com isso, o homem foi liberado.
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“Reunimos todas as provas possíveis e técnicas para colocar esse rapaz na prisão. A gente amarrou tudo para que ele fosse preso e mandamos para o judiciário pedindo a prisão preventiva. Isso em novembro [de 2019], e agora recebemos a decisão do judiciário negando a prisão dele”, afirmou em 2020 a inspetora Daniele de Castro, que acompanhava o caso desde o início.
Ainda segundo ela, a Justiça alegou que o criminoso não oferecia mais risco à sociedade, uma vez que o caso teria acontecido há muito tempo.
“Ele é um maníaco, ele atacou várias mulheres e continua solto. E a gente, a polícia, investigou e provou pro Judiciário que ele é culpado. Tem uma vítima, que é incisiva no reconhecimento. Ela fica nervosa só em olhar uma foto”, disse a inspetora.
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