Com a aprovação da urgência do PL 1904, nesta quarta-feira (12), famosas tem usado as redes sociais para se posicionar contra o projeto de lei que pretende equiparar o aborto ao crime de homicídio. Se a proposta do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) for aprovada, quem realizar o procedimento estará sujeito a uma pena de até 20 anos. O PL vale até mesmo para vítimas de abuso e casos de fetos com anencefalia.
O projeto de lei valeria para qualquer um que realizar um aborto a partir da 22ª semana de gestação e implicaria em uma condenação superior a pena para o crime de estupro, que pode chegar a 15 anos com todos agravantes. Na prática, uma vítima de abuso receberia uma punição maior do que o seu próprio abusador.
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Quais famosas se posicionaram contra o PL 1904?
Daniela Mercury
“O presidente vai vetar e provavelmente não passe no Senado, e a gente ainda tem o Supremo Tribunal Federal. Acho que eles não estão querendo gastar energia com um assunto dessa magnitude e que não vai passar mesmo. Não vai ser aprovado, não vai chegar a virar lei. Mas isso mostra a cabeça da Câmara, com o que ela está preocupada em vez da gente avançar em direitos. Eles estão preocupados em votar algo que é afrontoso contra as mulheres brasileiras, contra as crianças brasileiras e contra direitos já adquiridos. E isso fere a nossa alma”, a cantora Daniela Mercury disse à Quem.
Samara Felippo
Nos stories do Instagram, Samara Felippo, afirmou que o texto do projeto pode “ceifar” a infância de crianças que engravidam depos de serem vítimas de violência sexual.
“Estamos falando de crianças que viram mães através de um estupro. É muito absurdo, e deixar isso passar é de uma crueldade tão bisonha”, disse.
Luana Piovani
Luana Piovani também se posicionou contra o PL 1904. Para ela, a proposta vai resultar na criminalização da interrupção de “gravidez fruto de violência”, principalmente no que se diz respeito a crianças.
Teresa Cristina
Em um vídeo no Instagram, a cantora Teresa Cristina pediu para que seus seguidores pressionassem a Câmara para que o PL não seja aprovado.
“Crianças vítimas de abuso podem perder o direito ao aborto legal, caso a gestação tenha mais de 22 semanas. Nos casos de violência sexual infantil, é mais difícil identificar a gravidez, por isso a demora no reconhecimento”, escreveu na legenda do post.
Titi Müller
A apresentadora Titi Müller também comentou o assunto em suas redes sociais. “É monstruoso. É perverso. É um retrocesso difícil de adjetivar de tão absurdo. A violência da bancada conservadora precisa ser combatida. Pressione!”, afirmou.
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