20 de maio de 2024
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O que aconteceu com Wilson Fittipaldi?

Irmão de Emerson Fittipaldi morreu nesta sexta-feira (23), aos 80 anos, em São Paulo; ele estava internado desde o dia 25 de dezembro

Wilsinho Fittipaldi era irmão de Emerson Fittipaldi e pai de Christian Fittipaldi, todos ex-pilotos de F1. (Foto: Redes sociais/ CBA)

O ex-piloto de Fórmula 1, Wilson Fittipaldi, morreu nesta sexta-feira (23), em São Paulo, aos 80 anos. Ele estava internado em um hospital particular da capital paulista desde o dia 25 de dezembro. Nas últimas semanas, sua família compartilhou pocas informações sobre seu estado de saúde.

O que aconteceu com Wilson Fittipaldi?

Durante o Natal, data em que o ex-piloto completou 80 anos, Fittipaldi se engasgou com um pedaço de carne, ficando muito tempo sem oxigenação. Ele chegou a ter uma parada cardíaca, foi reanimado no pronto-socorro e precisou de uma traqueostomia. Em janeiro, Wilsinho, como era chamado, foi extubado e transferido da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para um quarto, mas morreu na manhã desta sexta-feira (23).

Wilsinho Fittipaldi deixa a mulher, Rita Reis Fittipaldi, e o filho, também piloto, Christian Fittipaldi. O irmão mais velho do bicampeão Emerson Fittipaldi também era tio-avô de Enzo e Pietro Fittipaldi, este piloto reserva da equipe Haas na F-1.

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Quem foi Wilsinho Fittipaldi?

Filho de Wilson Fittipaldi, que ganhou fama pelo trabalho como locutor de automobilismo na rádio, Wilsinho chegou à Fórmula 1 em maio de 1972, com a Brabham. Realizou mais uma temporada com os ingleses no ano seguinte, quando alcançou o seu melhor resultado na categoria: o quinto lugar no GP da Alemanha, somando seus únicos pontos. No total, participou de 38 corridas na principal categoria do automobilismo mundial.

Em 1975, Wilsinho se uniu ao irmão já bicampeão da categoria para um dos empreendimentos mais ousados da história do automobilismo nacional: a Copersucar. Equipada com motores Ford, o time brasileiro esteve na F-1 durante quatro anos, até 1979. Depois, de 1980 a 1982, passou a se chamar apenas Fittipaldi. Ele esteve apenas no primeiro ano como piloto, sendo um décimo lugar o seu melhor resultado.

De 1976 a 1980, o piloto principal foi Emerson, já consagrado na categoria. Wilsinho se tornou o chefe da equipe, que apresentou bons resultados ao longo de sua trajetória, incluindo um segundo lugar no GP do Brasil de 1978. O projeto, porém, acabou sendo abandonado no início da década de 1980 por falta de apoio financeiro.

Além da Fórmula 1

Após a investida ousada na F-1, Wilsinho voltou a competir no Brasil. Nas décadas de 80 e 90, ele competia com frequência em diversas etapas da Stock Car, maior competição do automobilismo nacional. Chegou a ser vice-campeão na temporada 1991. Foi ainda vencedor da Mil Milhas, criada pelo seu pai, nos anos de 1994 e 1995. A equipe faturou três pódios em seus oito anos na F-1. Um deles foi no Brasil, com o 2º lugar em 1978.

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Wilsinho começou sua carreira no automobilismo sob o impulso do pai, que tinha o apelido de “Barão”, como locutor esportivo. Ele iniciou no kart, algo comum no mundo do automobilismo, e depois rumou para a Fórmula Vee. Nos anos 60, disputou a Fórmula 3 inglesa.

No início da década de 70, esteve na Fórmula 2, quando chegou a competir com o austríaco Niki Lauda e com o argentino Carlos Reutemann, e ficou em sexto lugar. O bom desempenho na categoria garantiu ao brasileiro uma vaga na Fórmula 1 em 1972, quando defendeu a equipe Brabham ao lado de Reutemann e Graham Hill. No mesmo ano, disputou o primeiro GP do Brasil, que ainda não valia pontos para o campeonato.

Ele competiu na F-1 com a Brabham por duas temporadas. Em 1974, ficou fora do grid para iniciar seu grande projeto no automobilismo, a primeira e única equipe brasileira na história da F-1, a Fittipaldi-Copersucar.

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Marcos André Andrade
Marcos André Andrade é formado em jornalismo pela Unesp e pós-graduado em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais pelo Senac. No Grupo EP desde 2022, é editor do Tudo EP e foi repórter do acidade on Campinas. Tem passagens pela Band Campinas, Rádio Bandeirantes de Campinas e Rádio Band News de Campinas, onde desempenhou as funções de âncora, editor, produtor e repórter.
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