15 de dezembro de 2024
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Spotify exclui da plataforma milhares de músicas criadas por IA

Essas faixas representavam cerca de 7% do catálogo da startup Boomy, empresa é suspeita de uso de robôs para inflar audiência

  

Milhares de faixas de músicas geradas por inteligência artificial foram excluídas recentemente do Spotify. As informações divulgadas pelo site Financial Times indicam que essas músicas removidas representavam cerca de 7% do catálogo da empresa Boomy, uma startup especializada em permitir que usuários criem canções de diversos estilos por meio de IA.

De acordo com o portal, a decisão tomada pelo serviço de streaming foi devido à empresa ser suspeita de inflar artificialmente sua popularidade por meio do uso de bots robôs, ou seja, softwares que executam tarefas automatizadas, repetitivas e pré-definidas.

Esses programas utilizam diversos aparelhos eletrônicos para tocar música ininterruptamente ao longo do dia, resultando em ganhos falsificados. Isso distorce as informações de streaming, impactando a elaboração de rankings e playlists com base na popularidade, bem como no pagamento de royalties. 

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A ação de exclusão foi feita depois de um alerta da Universal Music, que reportou tanto ao Spotify quanto a outros serviços de streaming a existência de atividades suspeitas envolvendo bots e contas automatizadas para aumentar os números de reproduções das músicas da Boomy.

Polêmica e cuidado em relação à criação de músicas com IA
A Universal Music, companhia que possui cerca de um terço do mercado global de música, está preocupada com a crescente popularidade das IAs generativas no processo de criação musical. O CEO do Spotify, Daniel Ek, também concorda que há “preocupações legítimas” em relação à criação de conteúdo por máquinas.

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Para se ter uma ideia, segundo um exemplo publicado pelo Financial Time, é possível pedir a essas ferramentas algo como: “componha uma música com uma letra que soe como Taylor Swift, vocais no estilo de Bruno Mars, e tema mais parecido com o de Harry Styles”. Isso é possível ser gerado pelo fato da IA ter sido treinada usando a propriedade intelectual desses artistas.

O fundador e CEO da Boomy se manifestou sobre a polêmica por comunicado dizendo que a empresa é contra qualquer tipo de manipulação ou aumento artificial de reproduções. Disse também que estão trabalhando com parceiros do setor para resolver o problema.
 
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Anthony Teixeira
É jornalista e Analista de Mídias Digitais Jr. do Grupo EP. Tem experiência com reportagens multimídia e produção de web documentário. É formado em jornalismo pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e tem afinidade com produção e edição de conteúdo para as redes sociais. Está no grupo desde 2022.
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