2 de junho de 2024
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Alexandre Pires e garimpo legal; entenda investigação da PF

Cantor teria recebido R$ 1.382 milhão de uma mineradora, que é investigada na operação Disco de Ouro

Cantor teria recebido R$ 1.382 milhão de uma mineradora, que é investigada na operação “Disco de Ouro”. (Foto: Reprodução/ Instagram)

O cantor Alexandre Pires é investigado por fazer parte do “núcleo financeiro” de um suposto esquema de garimpo ilegal na Terra Yanomami, em Roraima. De acordo com a PF (Polícia Federal), o músico foi alvo de um mandado de busca e apreensão em um cruzeiro, onde se apresentava, no litoral santista. Ele teria recebido R$ 1.382 milhão de uma mineradora, que é investigada pela PF na operação “Disco de Ouro”.

Além de Santos, a 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima também expediu dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão em Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC).

As investigações da PF apuraram que Alexandre Pires recebeu dois depósitos de R$ 357 mil e de R$ 1 milhão em suas contas bancárias. Além disso, uma das contas do cantor enviou, em atividade considerada atípica, R$ 160 mil para a mineradora.

Segundo os investigadores, as movimentações financeiras sugerem que a conduta do músico “ignorou a origem do dinheiro e assumiu o risco de ser proveniente de atividade criminosa”. 

 

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“Os valores expressivos advindos de uma pessoa jurídica do ramo minerário com artista consagrado nacionalmente é um forte indicativo de ignorância deliberada sobre a origem criminosa do dinheiro de forma a evitar responsabilização criminal”, declarou a PF.

OPERAÇÃO DISCO DE OURO

A operação Disco de Ouro encontrou indícios de um suposto esquema de extração ilegal de cassiterita da Terra Indígena Yanomami. Muito valorizado no exterior, o minério era declarado como oriundo de um garimpo regularizado no Rio Tapajós, em Itaituba (PA), e transportando para Roraima, onde supostamente receberia tratamento.

Entretanto, a PF descobriu que essa dinâmica acontecia apenas em teoria. “Foram identificadas transações financeiras que relacionariam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas”, informou.

Até o momento, Alexandre Pires não se pronunciou sobre o caso. As investigações seguem em andamento.  

 

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