O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), entregou à PGR (Procuradoria-Geral da República) nesta segunda-feira (16) um pedido de punição aos apoiadores golpistas do ex-presidente Jair Bolsonaro que foram presos pela Polícia Legislativa durante a invasão do Congresso Nacional, STF (Supremo Tribunal Federal) e Palácio do Planalto, no domingo (8). Lira entregou à PGR uma notícia-crime com informações sobre os vândalos. Na última sexta-feira (13), o presidente do Senado (PSD-MG) também entregou dados sobre os invasores ao PGR (Procurador-geral da República), Augusto Aras.
Ainda na manhã desta segunda, Lira visitou um Batalhão da Polícia Militar localizado próximo da Praça dos Três Poderes e disse que os parlamentares que mentiram e divulgaram fake news sobre os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes serão “chamados à responsabilidade”. O presidente da Câmara também afirmou que deputados não podem divulgar fatos que “não condizem com a realidade”.
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Lira, contudo, disse não ver ligação dos deputados eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG), Clarissa Tércio (PP-PE) e André Fernandes (PL-CE) com a invasão dos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal). “Não vi nos três parlamentares nenhum ato que corroborasse com os inquéritos que foram abertos”, declarou Lira, que também afirmou ter conversado com os três.
Na última quinta-feira (12), a PGR pediu ao STF que André e Clarissa, além da deputada eleita Silvia Waiãpi (PL-AP), sejam investigados por incitação aos atos golpistas. “Ao que está posto, tem postagem de seis meses anteriores ao fato. Todos que tiverem responsabilidade vão responder”, afirmou Lira. O presidente da Câmara acrescentou não ter nenhuma informação sobre Silvia.
Ao defender punição a parlamentares que “mentiram” sobre os ataques, Lira se referiu ao deputado eleito Abilio Brunini (PL-MT), que publicou nas redes sociais um vídeo no Salão Verde da Câmara e afirmou que não houve “praticamente nenhum estrago” no local. “É que, se você fica assistindo só na internet, parece que está tudo quebrado em Brasília. Mas não é verdade”, diz Brunini, no vídeo.
“Todos que tiverem responsabilidades vão responder, inclusive parlamentares que andam difamando e mentindo com vídeos dizendo que praticamente houve inverdades nas agressões que a Câmara dos Deputados sofreu no seu prédio. Então, esses deputados serão chamados à responsabilidade, porque todos viram a invasão, as cenas são terríveis, violentas, gravíssimas”, disse Lira.
“Eles terão que ser chamados à responsabilidade porque, de qualquer maneira, é um parlamentar eleito e não pode estar divulgando fatos que não condizem com a realidade”, emendou o presidente da Câmara. Lira visitou o Batalhão da PM junto com a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o interventor federal na segurança do DF, Ricardo Cappelli.
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