A CGU (Controladoria-Geral da União) determinou que o ex-ministro da Educação durante o governo Bolsonaro, Abraham Weintraub, seja demitido da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) por frequentes e injustificadas faltas ao trabalho.
A portaria de demissão, assinada pelo ministro da CGU, Vinícus Marques de Carvalho, foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (7).
Com a decisão, Weintraub se torna inelegível para qualquer cargo público por um período de oito anos, já que a exoneração é consequência de um PAD (Processo Administrativo Disciplinar).
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Quem é Abraham Weintraub?
Economista, Weintraub foi ministro da Educação entre abril de 2019 e junho de 2020, quando deixou a equipe de governo do então presidente Jair Bolsonaro para assumir um cargo de diretor no Banco Mundial, em Washington – posto ao qual renunciou em abril de 2022.
Em nota, a CGU informou que a exoneração foi motivada por “inassiduidade habitual” entre outubro de 2022 e setembro de 2023, período durante o qual o ex-ministro faltou 218 vezes ao trabalho, sem justificar o motivo do não comparecimento. “A penalidade decorreu de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado com base na Lei 8.112/1990, que garantiu [a Weintraub] o direito à ampla defesa e ao contraditório”, assegurou a CGU.
Também em nota, a Unifesp garantiu que todos os procedimentos e medidas administrativas seguiram os ritos previstos, conforme determina a respectiva legislação. “Desde o recebimento da denúncia inicial, via Ouvidoria, em 13 de abril de 2023, a universidade adotou todas as diligências cabíveis para apurar os fatos e colher os documentos necessários, instaurando um processo administrativo disciplinar (PAD) cuja apuração ocorreu sob sigilo, seguindo as determinações legais.”
Outro lado
Após ser demitido da Unifesp por decisão da Controladoria Geral da União por conta de faltas injustificadas, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub promete reagir à punição. Nas redes sociais, nesta quarta-feira (7), o ex-ministro incluiu na legenda da imagem um comentário irônico: “será que vou chorar igual aos bolsolepristas? Preparem-se”.
*Com informações da Agência Brasil e da Agência Estado
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