Nesta terça-feira (6), o autor do pedido da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das ONGs paulistanas, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil), afirmou que enviará um pedido formal de expulsão do padre Júlio Lancellotti da Arquidiocese de São Paulo.
O padre Júlio Lancellotti ganhou notoriedade depois de serviços prestados às pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo. Por isso, recentemente, o seu nome esteve vinculado ao requerimento de uma CPI que pretende investigar as ONGs (Organizações Não Governamentais) da capital. Dessa forma, com autoria de Nunes, Lancellotti seria o foco das investigações.
Conforme matéria da Folha de S. Paulo, a motivação do novo pedido de Nunes seria a nota em que afirma que a Arquidiocese tomou conhecimento de um “suposto novo fato de abuso sexual” e de “laudos periciais com resultados contraditórios” envolvendo o padre. No documento, a Arquidiocese escreveu que abrirá uma investigação para buscar “a verdade”.
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Quem é o padre Júlio Lancellotti e o que ele faz em São Paulo?
Júlio Lancellotti é pároco da igreja São Miguel Arcanjo, em São Paulo. Ele nasceu em 1948, é sacerdote católico e tem formação em pedagogia e teologia. Em seu currículo, já teve passagens como professor do ensino primário e universitário. Ele também é membro da Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo, segundo informações de sua biografia no site oficial da Paróquia São Miguel Arcanjo.
Lancellotti tem se dedicado a ajudar pessoas em vulnerabilidade social nas ruas paulistanas. Em 2021, uma imagem do padre com uma marreta em mãos, embaixo de um viaduto na Zona Leste da capital, viralizou. Na ocasião, ele quebrou blocos de paralelepípedos que tinham sido instalados pela gestão do então prefeito Bruno Covas (PSDB) como forma de impedir de moradores de ruas abrigassem o espaço.
“Indignação diante da opressão”, foi a frase expressada pelo pároco na época. Em dezembro do ano passado, o Governo Federal regulamentou a “Lei Padre Júlio Lancellotti”, que veda a “arquitetura hostil em espaço público”.
Recentemente, Lancellotti publicou uma nota sobre os últimos movimentos da CPI que mira o seu nome. De acordo com o religioso, as acusações estariam “imbricadas em uma rede de desinformação, que mascara eventuais interesses de setores do poder político e econômico em ceifar aquilo que é o sentido do meu sacerdócio: a luta pelos desamparados e pelo povo de rua”.
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