12 de dezembro de 2024
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Direitos políticos de Dilma: Entenda julgamento do STF

Ex-presidente continuou elegível mesmo após perder o mandato em 2016, porém decisão foi contestada por diversos partidos e políticos

Na noite desta quinta-feira (21), o STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para não suspender os direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A Corte iniciou na semana passada, em plenário virtual, o julgamento de três ações que contestavam essa manutenção.

A relatora da ação é a ministra Rosa Weber, presidente do STF, que defendeu o arquivamento do caso sem a análise do mérito. Segundo ela, os pedidos não cumpriram os requisitos processuais mínimos.

Até o momento, o placar é de seis votos a favor de manter os direitos políticos de Dilma:

– Rosa Weber (relatora);
– Cármen Lúcia;
– Edson Fachin;
– Dias Toffoli;
– Cristiano Zanin;
– Alexandre de Moraes.

Rosa argumentou que o impeachment é um processo político e que o tribunal não deve interferir na decisão do Senado.

“Importa ter presente o resultado das votações para reconhecer a discrepância de quantitativo de votos dados nas primeira e segunda votações, bem como a diversidade dos quesitos postos em votação, a não permitir sejam confundidos ou tomados pelo mesmo objeto. O quórum constitucional foi alcançado para a perda do cargo, enquanto tal não se verificou no que diz com a inabilitação, a afastar a razoabilidade da pretendida substituição, pela via judicial, do mérito realizado no âmbito do próprio Senado Federal”, defendeu.

Os ministros do STF têm até a meia-noite desta sexta-feira (22) para emitirem seus votos. Faltam os votos de André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes. 

 

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O JULGAMENTO

Em 2016, Dilma Rousseff perdeu o mandato após a condenação do Senado Federal, por 61 votos a 20. Mesmo com o impeachment, a ex-presidente continuou elegível, já que houveram duas votações diferentes: uma para afastá-la definitivamente da Presidência
e outra para decidir se ela perderia ou não seus direitos políticos.

Na segunda votação, os senadores decidiram por manter os direitos políticos da petista, mas diversos partidos e políticos acionaram o STF contra a medida. Ao todo, são seis mandados de segurança movidos pelo PSL, PSDB e Rede Sustentabilidade, pelo senador Magno Malta (PL-ES), pelo deputado José Medeiros (PL-MT) e pelo ex-senador Álvaro Dias (Podemos-PR) para anular a decisão e proibir votações separadas em processos de impeachment.

A Constituição estabelece que o presidente do STF conduza o processo de julgamento do Presidente da República por crime de responsabilidade. Na época, o ministro Ricardo Lewandowski, hoje aposentado do Supremo Tribunal Federal, assumiu a função. Foi ele quem autorizou, a pedido da bancada do PT, a votação em duas etapas.

Em 2018, Dilma chegou a se candidatar novamente, para uma vaga no Senado por Minas Gerais. Porém, ela não se elegeu, ficando em 4º lugar. Carlos Viana (Podemos) e Rodrigo Pacheco (PSD) foram eleitos para ocupar os cargos.

*Com informações da Agência Estado
 

 

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Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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