12 de dezembro de 2024
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Pão cheio de Santa Rita do Sapucaí é Patrimônio de Minas

Governador Romeu Zema sanciona lei que reconhece valor cultural do produto

O modo artesanal de fazer o pão cheio de Santa Rita do Sapucaí (MG), acaba de ser reconhecido como Patrimônio Cultural de Minas Gerais. Através da sanção da Lei 24.204, o governador do estado, Romeu Zema (Novo), fez o reconhecimento. Desde 2017, o pão cheio já era considerado patrimônio cultural e imaterial de Santa Rita do Sapucaí.

De acordo com o idealizador da valorização do produto, Jonas Costa, o Projeto de Lei surgiu como uma tentativa de promover o pão cheio para além do município e da região. “O pão cheio está tão presente entre os santarritenses, que não percebemos o seu valor. É importante reconhecê-lo como nossa principal marca gastronômica”, diz.

História

Com a imigração italiana no início do século XX, a receita originária da região da Calábria chegou ao Sul de Minas, mas sofreu alterações ao longo das décadas. O modo original de fazer o pão cheio levava carne de porco desfiada e leite de cabra.
   

Aqui, a carne e o leite foram trocados de um modo bem mineiro: linguiça e queijo Minas. A responsável pela divulgação do novo pão cheio mineiro foi uma filha de ex-escravos, a cozinheira Maria Idalina de Jesus, a Maria Bonita.

“Ela, sem dúvida, colaborou muito para popularizar a receita porque era contratada para fazer banquetes, as chamadas quitandas domésticas”, explica Costa.

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Tradicional e rentável

O pão cheio acabou se tornando tão querido pelos santarritenses que muitas pessoas vivem da renda de sua produção. “Minha principal fonte de renda é o pão cheio. Trabalho com ele a semana inteira”, diz a técnica em panificação Cristina Victor.
 

 

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De acordo com a prefeitura, o município reconhece, oficialmente, 10 estabelecimentos que fabricam e vendem o pão cheio. Com o título de patrimônio cultural de Minas Gerais, a administração municipal pretende mapear a cidade para saber quantas pessoas produzem o famoso pão cheio.

“Nós pretendemos agora localizar quem são os produtores e vendedores do pão cheio para que fique mais fácil para o turista saborear nossa receita”, diz Janilton Prado, secretário de Cultura, Esportes, Lazer e Turismo.

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