O avião ATR 72-500 da Voepass que caiu em Vinhedo (SP), na última sexta-feira (9), tinha permissão para voar sem gravar oito tipos de informação em sua caixa-preta. A licença foi concedida pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em março do ano passado e tinha validade de 18 meses.
Por que a caixa-preta do avião é laranja?
Ainda que o nome da peça seja caixa-preta, ela é pintada de laranja, com o objetivo de facilitar a visualização à distância em caso de buscas.
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Segundo o brigadeiro do ar Marcelo Moreno, chefe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), as informações da caixa-preta do ATR 72-500 foram extraídas com “100% de sucesso”.
Porém, de acordo com o jornal O Globo, no momento do acidente não estavam sendo gravados dados referentes ao navegador de voo, que poderia revelar detalhes sobre aceleração normal, longitudinal e lateral, engajamento do piloto automático, temperatura do ar externo e pressão hidráulica.
Entretanto, a liberação dada pela Anac em 2023 estabelecia que a Voepass tinha 18 meses para regular todos os 91 parâmetros que são exigidos pelo Regulamento Brasileiro de Aviação Civil.
Na decisão, Ricardo Catanant, o diretor da Anac, havia afirmado que a ausência da gravação desses parâmetros não impactaria o desempenho do avião, mas que ajudariam na investigação de eventuais acidentes.
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