O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) começa a julgar, nesta quinta-feira (19), duas Aijes (Ações de Investigação Judicial Eleitoral) contra a coligação Brasil da Esperança, de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, os então candidatos à presidência e vice-presidência da República nas eleições de 2022.
Apresentadas pela coligação Pelo Bem do Brasil, de Jair Bolsonaro, as ações exigem a inelegibilidade de Lula e Alckmin, alegando suposto abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha eleitoral do ano passado.
A primeira Aije afirma que a coligação Brasil da Esperança teria se utilizado de recursos financeiros para impulsionar propagandas eleitorais por meio do Google Ads, a fim de divulgar anúncios pagos para encobrir e dissimular informações.
Ainda de acordo com a acusação, ao pesquisar expressões como “Lula condenação”, “Lula corrupção PT” ou “Lula Triplex” foi possível encontrar uma página com anúncios financiados pela coligação do atual presidente.
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Já a segunda Aije contra Lula e Alckmin aponta para o suposto crime de uso indevido dos meios de comunicação. Seus autores afirmam que o presidente teria difundido propagandas eleitorais irregulares, com apoio de uma das maiores emissoras de televisão do Brasil. O objetivo seria atingir eleitores de forma massiva, além de pedir votos fora dos horários permitidos pela atual legislação.
O relator de ambas ações é o ministro e corregedor-geral da Justiça Eleitoral Benedito Gonçalves.
Vale lembrar que, em junho deste ano, o próprio Jair Bolsonaro, integrante do Pelo Bem do Brasil, foi condenado a oito anos de inelegibilidade pelos crimes de abuso de poder político e uso inadequado dos meios de comunicação, após colocar em dúvida a segurança das urnas e do sistema eleitoral brasileiro, sem qualquer prova.
Além disso, no dia 10 de outubro, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) começou a julgar mais três ações nas quais o ex-presidente é acusado do crime de abuso de poder político durante a campanha eleitoral de 2022. Se condenado, Bolsonaro ficará inelegível pela segunda vez.
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