31 de maio de 2024
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Privatização da Sabesp: a conta de água pode ficar mais cara?

Projeto de privatização da companhia de saneamento será votado nesta quarta-feira (6) pelos deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo

Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do governo de São Paulo, afirmou que a privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) resultará em uma redução da tarifa de água. Ela é responsável pelo projeto de concessão da companhia de saneamento à iniciativa privada.

“A gente está falando de uma empresa que tem 50,3% de ações do Estado, ou seja, 40,7% são privados. A gente quer reduzir a participação do Estado para conseguir fazer esse investimento, aliado a uma redução da tarifa que, sem esse processo, aí sim, eu não consigo fazer “, disse.

Segundo a secretária, a intenção da gestão Tarcísio de Freitas é tirar pelo menos 30% da venda das ações a fim de usar em reduções tarifárias, somando isso ao lucro do Estado, que ainda terá uma pequena participação na empresa.

Porém, segundo José Faggian, presidente do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), a privatização não é a única solução para reduzir o valor da conta.

“A Sabesp não precisa ser privatizada para a tarifa ser reduzida. A proposta do governo é para enganar a população, mas não se sustenta”, disse. “Em todos lugares do Brasil e do mundo onde o saneamento foi privatizado a tarifa aumentou e o serviço piorou.” 

 

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Faggian afirma que se o governo realmente quisesse baixar o valor, poderia começar pela tarifa social.

“A tarifa social atende 12% do público Sabesp e os custos ficam em torno de 1,5 % da arrecadação. Se você dobrar esse percentual não compromete o orçamento da empresa porque no balanço geral 3% é insignificante. Mas é preciso vontade política”, completou.

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VOTAÇÃO

O projeto de privatização da companhia será votado a partir das 17h30 desta quarta-feira (6) pelos deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. A discussão em plenário começou na segunda-feira (4).

Para ser aprovada, a principal promessa de campanha do atual governador precisa de ao menos 48 votos dos 94 possíveis. A CNN, o relator da proposta, o deputado Barros Munhoz (PSDB), disse que a expectativa é que o texto passe com aproximadamente 55 a 60 votos.

Caso seja aprovado, o PL será remetido à Tarcísio para sanção ou veto. 

 

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