A PF (Polícia Federal) investiga nesta quinta-feira (8) a Operação Tempus Veritatis. Estão sendo cumpridos, ao todo, 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de 48 medidas cautelares que incluem a proibição de manter contato com outros investigados; a proibição de se ausentar do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas; e a suspensão do exercício de funções públicas.
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Qual é a investigação da PF contra Jair Bolsonaro?
A investigação é contra uma suposta organização criminosa que, segundo a corporação, atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente Jair Bolsonaro no poder.
O ex-presidente deve entregar seu passaporte para a polícia em até 24 horas, além de ter celulares de assessores apreendidos na casa de Bolsonaro.
Nesta etapa da operação, a PF aponta que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar desinformação sobre supostas fraudes nas eleições de 2022. Essa atuação teria começado ainda antes do pleito, com o suposto objetivo de “viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.
Segundo a PF, o primeiro eixo de atuação do grupo consistiu na construção e propagação de informação falaciosa sobre vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação. O discurso foi reiterado pelos investigados desde 2019 e persistiu mesmo após os resultados do segundo turno de 2022. Essas afirmações também faziam parte dos discursos do próprio ex-presidente Bolsonaro, e pesaram na decisão do Tribunal Superior Eleitoral que levou à sua inelegibilidade em 2023.
A investigação apura os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
O coronel Marcelo Costa Câmara e Filipe Martins, ex-assessores de Bolsonaro, foram presos na manhã desta quinta. A PF também prendeu Rafael Martins de Oliveira, major do Exército. Também são alvos da Operação:
- Gen. Braga Netto
- Gen. Augusto Heleno
- Anderson Torres
- Paulo Sérgio Nogueira
- Valdemar Costa Neto, presidente do PL