A troca das balas de borracha por “bean bags”, uma munição menos letal, já é uma realidade no estado de São Paulo. A decisão ocorre dez anos depois das manifestações de 2013, lembradas pela repressão policial em protestos contra o aumento na tarifa dos transportes públicos.
Na época, devido ao uso da violência e de balas de borracha, a Justiça chegou a condenar o estado a pagar uma indenização de R$ 8 milhões por danos morais. A sentença se refere às “medidas desproporcionais” adotadas pela Polícia Militar. Entre os casos de violência mais polêmicos, o fotógrafo Sérgio Silva – que ficou cego -, Deborah Fabri – também ferida gravemente no olho -, e, ao menos, sete repórteres do jornal “Folha de São Paulo”, que tiveram algum tipo de sequela, ficaram nacionalmente conhecidos.
Segundo o Governo do Estado, a intenção da PM (Polícia Militar) de São Paulo é substituir as balas fabricadas pela empresa nacional Condor S/A Indústria Química, pelas esferas de metais dentro de sacos plásticos, os “bean bags”, feitas por uma empresa dos Estados Unidos.
“A instituição substituirá gradativamente as munições de elastômero pelas ‘bean bags'”, informou a secretaria da Segurança Pública ao jornal G1, em 2021.
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O QUE SÃO BEAN BAGS?
As munições bean bags (sacos de feijão, em português) são opções menos letais utilizadas por forças policiais mundo afora. Essas balas consistem em bolas de chumbo, ou outros materiais, como bolas de metal dentro de sacos plásticos, nos armamentos.
Esse tipo de munição é utilizada em contenção de protestos em países como:
-Estados Unidos;
-Hong Kong;
-Colômbia;
-México;
-Canadá.
*Com informações de g1.
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