Os sindicatos rurais da França estão realizando protestos pelo país. Nesta segunda-feira (29), algumas estradas e avenidas que ligam o Sul francês a Paris foram bloqueadas. Os organizadores dos atos devem enviar, nos próximos dias, uma lista de 40 reivindicações às autoridades da França.
Antes de receber as “exigências” dos agricultores, o governo francês prometeu dar uma resposta rápida aos manifestantes, mas a Fnsea (Federação Nacional dos Sindicatos dos Agricultores), principal sindicato do país, diz que vai acentuar os protestos para que a mensagem seja efetiva.
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Um documento com as três principais reivindicações do setor foi divulgado pela Fnsea:
- Dignidade aos agricultores
De acordo com o texto, os agricultores se sentem abandonados pela falta de clareza sobre as políticas públicas do setor. A entidade argumenta que o plano do governo de aumentar a produção de biomassa não será possível com cortes de subsídio ao setor. O sindicato também alega que há inconsistências nas regulamentações.
- Remuneração
Outra reivindicação da Fnsea é que seja criado um plano de remuneração justa para a agropecuária, com o cumprimento da legislação de 2018, que definiu regras para as relações comerciais do setor agrícola e alimentar da França.
Outra reclamação do sindicato é com a alta inflação registrada no país, que recai sobre o preços dos alimentos.
- Soberania alimentar
A Fnsea também reclama da medida proposta pelo governo francês de ter uma reserva legal de 4% da área da agricultura para a biodiversidade. A Federação pede que as exigências de adaptação ambiental sejam revistas.
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