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O que são empregos verdes?

Profissões que trabalham para uma economia sustentável se disseminam pelo mundo e estudos apontam para os efeitos positivos

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Por Sabrina Brito/Nosso Impacto

Uma pesquisa realizada pelo Boston Consulting Gruoup aponta que, até 2030, haverá um déficit de cerca de 7 milhões de profissionais na área dos empregos verdes. Essa lacuna pode culminar em um aumento médio de 0,1ºC na temperatura mundial, prejudicando o meio ambiente e a humanidade.

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Alguns ramos, como da energia solar, eólica e de biocombustíveis, esse déficit é ainda mais notável. Especialistas estranham essa falta de mão-de-obra qualificada, ainda mais porque os empregos verdes pagam cerca de 7% a mais do que os demais, em média, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional).

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O que são empregos verdes?

A expressão “emprego verde” serve para classificar aquelas profissões que envolvem atividades, produtos ou serviços capazes de mitigar impactos ambientais, estabelecendo uma relação entre mercado e sustentabilidade.

Assim, são considerados empregos verdes funções como consultor de energia, engenheiro florestal e biólogo, por exemplo. Dessa forma, postos de trabalho que preservam o ecossistema, reduzem o desperdício de materiais e ampliam o uso de recursos renováveis são caracterizados como verdes.

O termo “emprego verde” foi criado em 2009, pela Organização Internacional do Trabalho em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e aparece no documento “Empregos Verdes: trabalho decente em mundo sustentável e com baixas emissões de carbono”.

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Demanda global

É inegável que o número de empregos ligados à economia verde está crescendo. De acordo com estimativas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, em parceria com a Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento, a cidade do Rio de Janeiro conta com 183,7 mil postos relacionados a esse tipo de atividade.

Ao total, os empregos verdes representaram quase 9% do total de vagas formais na cidade – o que ainda é pouco, mas certamente aponta para uma crescente em relação aos últimos anos.

Prova disso é o estudo pioneiro “Construindo um Futuro Sustentável: Examinando o Potencial de Criação de Empregos em Eletricidade, Aquecimento e Armazenamento em Edifícios com Baixo Carbono”, da Schneider Electric em parceria com a Universidade de Boston.

Segundo o documento, mais de dois milhões de vagas podem ser criadas na Europa e nos Estados Unidos via adoção de tecnologias de energia limpa em edifícios novos e reformados.

O estudo foca na geração de empregos verdes ligados apenas à instalação de painéis solares, bombas de calor e baterias de armazenamento de energia para a produção de energia renovável em edifícios residenciais, hospitais, hotéis, escritórios, no varejo e na educação da América do Norte e nos continentes europeu e asiático.

A geração de empregos verdes está em alta pelo mundo. Pesquisas apontam para a sua importância para o meio ambiente e consequentemente para a humanidade, motivo pelo qual mostra-se necessário investir em sua criação e manutenção pelo planeta no futuro próximo – antes que seja tarde demais para que tenham efeito.

O que é o ESG?

Atualmente, falar em sustentabilidade a nível corporativo é falar em ESG, sigla que, em inglês, quer dizer ambiental (environmental), social e governança (governance). O significado disso é bastante amplo, mas aponta principalmente para o fato de que as empresas que não apostam em nenhuma dessas três áreas não têm sido tão bem-vistas pelo mercado ou pelos consumidores.

A tendência ESG começou perto de 2015, quando, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Paris, 196 países se comprometeram a tomar medidas contra as mudanças climáticas com o objetivo de zerar suas emissões de carbono até 2050. A nível corporativo, intensificou-se o movimento ESG.

Trata-se de um conjunto de práticas e condutas com a meta de definir se determinada empresa é sustentável, socialmente consciente e bem gerenciada. De forma geral, busca-se medir se a corporação é uma opção viável e positiva de investimentos.

A ideia é de que os âmbitos do propósito ambiental, social e de governança e o lucro são igualmente importantes e inseparáveis, de forma que o dinheiro e os recursos dependem da existência do ESG em uma empresa.

Existem diversas medidas que o setor corporativo pode tomar para se adequar ao ESG. Alguns exemplos são a preocupação com o aquecimento global, a pegada de carbono, a poluição e a gestão de resíduos, investimentos na diversidade dentro das equipes e o comprometimento com as leis trabalhistas e a atenção ao compliance e à ética, à transparência e à boa relação com entidades governamentais.

Tripé da sustentabilidade

A importância do tripé que engloba questões ambientais, sociais e de governança tem sido bastante debatida nos últimos tempos. Se, por um lado, existem os defensores da prática, que afirmam que ela leva investimentos a pontos importantes da vida empresarial, há quem diga que a ideia não passa de uma estratégia para enganar consumidores.

Por meio do ESG, argumentam, alguns negócios têm realizado pequenas mudanças, ao todo quase insignificantes, evitando realizar alterações notáveis e garantindo a certificação ESG ao mesmo tempo. Dessa forma, alguns especialistas acreditam que o termo em si próprio se tornou uma sigla desprovida de significado concreto, servindo apenas como um modo de tentar se destacar dentro do seu próprio setor.

Aplicado corretamente, o conceito de ESG pode levar a mudanças positivas, seja no âmbito ambiental, social ou de governança. Entretanto, se for entendido apenas como um modo de a empresa se destacar em seu meio, ele pode servir meramente de fachada, não implicando investimentos realmente significativos nessas áreas tão importantes para o desenvolvimento de uma corporação.

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