Na loja “Su Entrelinhas”, Suzane von Richthofen garante que customiza, à mão, itens como sandálias, bolsas, capa de computadores e outras coisas. No início, ela postava vídeos na página da loja no Instagram, em sua máquina de costura, produzindo as peças sozinha. No entanto, a nova microempreendedora está sendo acusada de enganar seus clientes.
A desconfiança apareceu quando Suzane anunciou um modelo de sandálias de tiras de borracha da marca italiana Gucci, que poderiam ser personalizadas com o nome do cliente. O valor era de apenas R$ 160, valor considerado baixo já que, a rigor, tratava-se de um produto de alto luxo.
Contudo, a Gucci afirmou que esse modelo não é autêntico, ressaltando que produtos genuínos são vendidos exclusivamente através de seus canais oficiais. O caso foi revelado pelo blog True Crime, do O Globo.
“Para validar a autenticidade, a Gucci aconselha confiar no comprovante de compra original de uma boutique Gucci, Gucci.com ou revendedor autorizado”, disse a marca italiana ao ser questionada sobre a autenticidade do produto vendido no site de Suzane.
Após cumprir metade de sua pena de quase 40 anos na prisão, Suzane Von Richthofen, condenada pela morte dos pais em 2002, foi solta em janeiro de 2023 e abriu um ateliê de costura para poder cumprir o restante da punição em liberdade condicional. A medida faz parte da LEP (Lei de Execução Penal), que diz que para o cumprimento da pena em regime aberto, o detento precisa ter um emprego.
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Como já mencionado, Suzane diz que todos os produtos confeccionados na loja são feitos por ela. Segundo o site, “todos produtos são produzidos à mão com muito amor e carinho pela Su. Por isso as encomendas demoram até 15 dias para chegar. Mas vale muito a pena esperar”. Porém, em dezembro, ela foi desmascarada por uma consumidora.
A revelação veio com a cliente Pamela Siqueira, que comprou sandálias havaianas personalizadas na “Su Entrelinhas”. Após receber sua encomenda, a paulistana viu o endereço de entrega, Rua Espírito Santo 214 – Centro – Angatuba – SP. O problema é que, há mais de cinco meses, Suzane mora com seu novo companheiro, o médico Felipe Zecchini Muniz, em Bragança Paulista, cidade que fica a 270 km de distância de Angatuba.
Assim, consumidores descobriram que, desde o início de sua gravidez, sete meses atrás, Suzane von Richthofen não estava envolvida na confecção dos produtos. Segundo o jornalista Ullisses Campbell, do site O Globo, por causa da gravidez, Richthofen teria selecionado uma equipe de três costureiras, que são comandadas por sua ex-cunhada Josiely Olberg, para ajudá-la na produção.
Após a descoberta, Pamela desabafou em suas redes sociais, mas logo apagou. “Me senti ludibriada duas vezes. Primeiro porque achava que a encomenda chegaria antes do Natal. Segundo porque ela não customizou a sandália, como havia dito. Mas resolvi apagar a queixa porque tenho medo da Suzane. Até porque ela tem o meu endereço, né?”, disse ao blog True Crime.
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