14 de dezembro de 2024
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Vereador de Passos é indiciado por financiar panfletos com fake news durante eleições

É a segunda vez que Dentinho é indiciado por crimes cometidos durante as eleições de 2022. Apoiador de Jair Bolsonaro, ele já é investigado por xenofobia

A PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) concluiu nesta terça-feira (1º) o inquérito instaurado contra o vereador Luiz Carlos do Souto Junior, o Dentinho (MDB), por financiar panfletos com fake news durante as eleições presidenciais de 2022, contra o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar foi indiciado.

De acordo com a Polícia Civil, a investigação começou após pedido da Promotoria de Justiça da cidade, há duas semanas. Segundo foi apurado, Dentinho divulgou, por meio de panfletos, conteúdo falso sobre Lula. Ele teria financiado o material impresso, o que configura crime eleitoral previsto no art. 323 da Lei 4737.

De acordo com o inquérito, “o limite da manifestação do pensamento foi extrapolado pelo investigado”, por isso o vereador foi indiciado.

Em contato por telefone com a produção do Grupo EP, Dentinho negou que tenha produzido Fake News sobre o então candidato Lula. Segundo ele, os panfletos continham informações verdadeiras, “falas que o próprio presidente Lula falava em sua campanha”. 

 

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No dia 17 de fevereiro foi instaurado inquérito para apurar os crimes de racismo e xenofobia, cometidos em uma rede social pelo vereador Luiz Carlos do Souto Junior, o Dentinho (MDB), em Passos. Ele foi indiciado com base no artigo 20 da Lei de Racismo.

Em novembro de 2022, o vereador, que está no terceiro mandato e na época era filiado ao União Brasil, publicou em seu perfil nas redes sociais um “store” em que dizia que o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL), havia assustado os baianos com promessas de emprego. “BOLSONARO também é foda, foi falar na Bahia que ia gerar um milhão de empregos Assustou o Povo!”, dizia a publicação que desapareceu em 24 horas.

No indiciamento, o delegado Felipe Capute afirma que o post feito pelo vereador em redes sociais foi entendido como uma “ofensiva à identidade regional do povo do Estado da Bahia, acarretando exposição indevida e discriminatória”.

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O parlamentar afirmou em depoimento à Polícia Civil que realmente postou a mensagem em seus “stories”, mas negou a prática de racismo ou xenofobia. Ele disse que não tem nada contra o povo da Bahia, que, inclusive, admira muito. “Minha publicação não tinha nada de discurso de ódio contra ninguém”, disse.

Ainda em seu depoimento, Dentinho diz que “não tem qualquer preconceito contra baianos ou qualquer tipo de população”. Agora a Justiça irá analisar os dois casos. 

 

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