14 de maio de 2024
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Como proteger os pets do barulho dos fogos de artifício no fim de ano?

Veterinário ensina o que se deve e o que não se deve fazer; ruído pode levar animais à surdez

Dicas para ajudar os pets na virada do ano (Foto: Reprodução/ Freepik)

 

Natal e Réveillon são datas de festa, de alegria, de felicidade. Certo? Mas, nem para todo mundo. Para cães e gatos, por exemplo, essas datas podem ser de extremo sofrimento devido aos fogos de artifício. Isso porque esses pets têm uma capacidade auditiva maior que a do ser humano, e “qualquer som ou ruído acima de 60 dB (decibéis) pode causar estresse físico e psicológico aos animais”, informa ao CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária).

Só para se ter uma ideia, fogos de artifício podem ultrapassar os 125 dB, ou seja, o dobro do que já os incomodaria. Além disso, a frequência acima de 110 dB já pode causar surdez. Diante destes danos, “o Conselho defende a substituição de fogos de artifícios com estampidos por artefatos visuais e sem ruídos”. 

  

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Em Campinas, por exemplo, esses artefatos sonoros são proibidos. Mas, nem sempre a lei é cumprida. E, o que fazer com os pets nesses casos?

O médico-veterinário Leandro Vinícius de Carvalho, da Clínica Carvalhovets, ensina: “primeiramente, o tutor tem que ter um bom senso e adaptar o ambiente conforme a necessidade do animal. Por quê? Porque cada animal é um animal. Há os que têm medo e querem se esconder, os que querem entrar num buraco, os que querem fugir, os que querem ficar junto com o dono, os que querem ficar sozinhos… Então, o que eu oriento? Sempre deixar a casa preparada, fechada, para evitar fugas, principalmente com portas e janelas de vidro porque alguns animais, de tanto medo, as atravessam e acabam se machucando e fugindo”.

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Outra orientação é nunca amarrá-los ou prendê-los porque eles podem pular e ficar pendurados por coleiras. “A gente acaba vendo alguns estrangulamentos. Eles ficam presos pelo pescoço ou por outros membros e acabam tendo problemas graves”, informa.

Outra dica dada pelo veterinário é manter a casa fechada e segura. “A gente pode usar outros sons para disfarçar os fogos, como por exemplo, colocar uma música relaxante e colocar o animal num quarto em que ele fique confortável, e é bom acomodar o cão, tentar acalma-lo, passando segurança pra ele, pegado no colinho, fazendo um carinho, ligando a tv, sentando do lado do cachorro”.

Mas, e o que se deve evitar? Não se deve sair para a rua com os animais durante essas situações na tentativa de destraí-los, porque eles podem ficar muito mais assustados, inclusive. “Alguns chegam a entrar em pânico, mordem até o dono, se mordem para poder correr e fugir e procurar um abrigo, procurar um lugar seguro. Então, é preciso manter a casa adaptada e segura”.

O que nunca se deve fazer é dar remédio por conta própria, como anestesia, por exemplo. “A gente nunca indica isso. Aliás, qualquer tipo de medicamento tem que ser com orientação médica veterinária porque qualquer sedativo pode inclusive acabar matando os animais”.

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O que pode ser usado, entretanto, são os aerossóis homeopáticos, que são colocados na tomada, para deixar o ambiente mais calmo. São florais, que ajudam no comportamento. “Sempre lembrando que são uma tentativa já que eles não funcionam para todos”, finaliza.
 

 

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Anthony Souza

editor
É jornalista e analista de Mídias Digitais Jr. do Grupo EP. Tem experiência com reportagens multimídia e produção de web documentário. É formado em jornalismo pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e tem afinidade com produção e edição de conteúdo para as redes sociais. Está no grupo desde 2022.
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