11 de dezembro de 2024
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Leishmaniose: Verão é o período mais propício para a doença que pode afetar os animais e toda a família

Você conhece a leishmaniose? Ela é uma infecção parasitária que, se não for controlada, pode se tonar um sério problema para a saúde pública e também para os nossos pets

Você conhece a leishmaniose? Ela é uma infecção parasitária que, se não for controlada, pode se tonar um sério problema para a saúde pública e também para os nossos pets. “Ela é uma doença não contagiosa causada por parasitas (protozoário Leishmania) que invade nossa pele e se reproduz dentro das células as quais fazem parte do sistema imunológico (macrófagos) da pessoa infectada. Sendo assim uma importante doença de impacto na saúde pública e na saúde animal”, explica o médico-veterinário da Faculdade Qualittas Francis Flosi. 

Com os casos diagnosticados no estado de São Paulo, é preciso ficar atento para essa enfermidade já vem se materializando pelo Norte do estado de São Paulo em direção aos grandes centros. “Isto é importante para que todos façam um programa de prevenção principalmente quem mora em casa com quintal ou reside em chácaras ou sítios ou ainda em condomínios na área rural da cidade”, alerta o médico-veterinário.  
 
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A doença não é contagiosa e a transmissão do parasita ocorre apenas por meio da picada do “mosquito” infectado. Esta doença pode se manifestar de duas formas: Leishmaniose tegumentar ou cutânea e a Leishmaniose visceral ou calazar.

A leishmaniose tegumentar ou cutânea é caracterizada por lesões na pele, podendo também afetar nariz, boca e garganta (esta forma é conhecida como “ferida brava”). “Já a visceral ou calazar, é uma doença sistêmica, pois afeta vários órgãos, sendo que os mais acometidos são o fígado, baço e medula óssea. Sua evolução é longa podendo, em alguns casos, até ultrapassar o período de mais de um ano até o aparecimento dos sintomas”, explica Flosi. 

Transmissão 

De acordo com o especialista, a doença é uma zoonose de distribuição mundial. O parasito é transmitido ao hospedeiro vertebrado animais selvagens, canídeos domésticos e homem pela picada do inseto voador (mosquito). Sua transmissão se dá através de pequenos mosquitos que se alimentam de sangue, e, que, dependendo da localidade, recebem nomes diferentes, tais como: mosquito palha, tatuquira, asa branca, cangalinha, asa dura, palhinha ou birigui. Por serem muito pequenos, estes mosquitos são capazes de atravessar mosquiteiros e telas. São mais comumente encontrados em locais úmidos, exatamente após períodos chuvosos no Verão, escuros e com muitas plantas. Não se desenvolvem na agua, mas sim em solo úmido, detritos de matéria orgânica e com pouca luz.  

Possuem hábitos noturnos e de dia escondem-se em buracos, troncos de arvores, casas, estábulos, canis, pocilgas, frestas, lixo e outros. Voam em zig zag. Além do cuidado com o mosquito, através do uso de repelentes em áreas muito próximas a mata, dentro da mata, etc, é importante também saber que este parasita pode estar presente também em alguns animais silvestres e, principalmente em cães domésticos, que são hospedeiros.

Sintomas
 
Os sintomas variam de acordo com o tipo da leishmaniose. “No caso da tegumentar, surge uma pequena elevação avermelhada na pele que vai aumentando até se tornar uma ferida que pode estar recoberta por crosta ou secreção purulenta. Há também a possibilidade de sua manifestação se dar através de lesões inflamatórias no nariz ou na boca. Na visceral, ocorre febre irregular, anemia, indisposição, palidez da pele e mucosas, perda de peso, inchaço abdominal devido ao aumento do fígado e do baço”, explica o médico-veterinário.

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Prevenção e tratamento
 
A melhor forma de se prevenir contra esta doença é ainda a prevenção. “Deve-se evitar residir ou permanecer em áreas muito próximas à mata, evitar banhos em rio próximo a mata, sempre utilizar repelentes quando estiver em matas, trilhas ou pescarias. Não deixar acumular Lixo, Monte de folhas, Frutas caídas, Restos de Material de construção ou qualquer tipo de entulho nos quintais ou nas Ruas, principalmente no pós período chuvoso”, pontua o especialista.  

No animal recomendam-se banhos periódicos com xampus próprios e colocação de coleiras repelentes de mosquitos procure seu médico-veterinário para correta orientação. A qualquer sinal ou sintoma você deverá procurar pelo serviço médico do seu bairro ou de sua cidade relatando as condições do ocorrido. Prevenção esta é a palavra de ordem, pois prevenir ainda é o melhor remédio.
 
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Luciana Félix
Supervisora de conteúdo digital do acidade on e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do acidade on Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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