Neste domingo (20), um boletim médico do hospital Albert Einstein divulgou que o apresentador Fausto Silva vai precisar passar por um transplante de coração, por conta do agravamento de um caso de insuficiência cardíaca. Ele foi incluído na fila de transplante de órgãos, gerenciada pelo SUS (Sistema Único de Saúde), por meio do SNT (Sistema Nacional de Transplantes).
No Brasil, essa fila é única, ou seja, vale tanto para pacientes do sistema público de saúde quanto privado. Ela é organizada seguindo a ordem cronológica de inclusão dos pacientes, mas, diante da gravidade do caso, alguns podem ser colocados como preferencial. Esses critérios são estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
A fila de transplante de órgãos do SUS conta com 65 mil pessoas na espera, segundo dados da pasta, atualizados na última quarta-feira (16). Essa quantidade é uma das maiores dos últimos 25 anos.
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Deste total, 386 estão aguardando um coração, assim como o apresentador Faustão. Apesar de não ser um número tão expressivo quanto para os outros órgãos, o tempo de espera pode chegar a 18 meses. Essa demora faz com que muitos pacientes acabem morrendo enquanto aguardam, já que a urgência deste transplante costuma ser maior.
O Brasil conta com o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, em que o SUS é responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos transplantes nacionais. Em números absolutos, o país é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA.
COMO É FEITO O TRANSPLANTE DE CORAÇÃO?
Para o transplante de coração, é necessário que o órgão venha de um doador já falecido, que consiste em qualquer pessoa com diagnóstico de morte encefálica ou com morte causada por parada cardiorrespiratória (parada cardíaca). Neste caso, os familiares precisam autorizar que o órgão fique à disposição do SNT.
Em seguida, os próximos passos para realizar o transplante de coração são:
– preparação do órgão para transporte;
– SNT entra em contato com o primeiro da lista e o hospital inicia sua preparação;
– no centro cirúrgico, os médicos desviam o sangue do coração doente para uma máquina de circulação extracorpórea (também conhecida como “coração artificial”), que mantém o fluxo sanguíneo durante toda a operação, possibilitando a retirada do órgão;
– os médicos colocam o coração novo e restabelecem a circulação do paciente, que permanece em observação por cerca de 15 dias.
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