O Omeprazol é um medicamento muito usado para aliviar a queimação na barriga e no peito causada pelo excesso de acidez. O uso contínuo (por algumas semanas) de omeprazol é recomendado para o tratamento de algumas doenças do estômago, sendo que em alguns casos o tratamento prolongado é necessário. Mas, seu uso excessivo pode causar danos, como náuseas, dor de cabeça e diarréia.
Alguns estudos sugerem que o uso prolongado pode causar doenças mais graves, como osteoporose, câncer e demência. Mas essas repercussões à saúde ainda não são consenso na comunidade científica e precisam ser estudadas a fundo, como apontam especialistas ouvidos pela BBC News Brasil.
LEIA TAMBÉM
Estudo aponta que gestantes negras apresentaram quadros mais graves de Covid-19
Descubra quais são as áreas profissionais mais afetadas por burnout
“Já temos a comprovação de que eles aumentam o risco de osteoporose”, afirmou Danyelle Marini, diretora do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP).
Vale lembrar que a osteoporose é um quadro marcado pela perda progressiva de massa óssea. Nela, os ossos ficam cada vez mais porosos e enfraquecidos, o que eleva a probabilidade de fraturas.
Quando o omeprazol é utilizado por curtos períodos, de poucas semanas, esse processo de regeneração óssea não é tão prejudicado assim. Nesse caso, a preocupação dos especialistas está mais no consumo contínuo e sem supervisão desses fármacos.
É importante consultar um médico e não se automedicar, pois muitas pessoas acabam prolongando o uso desses medicamentos por conta própria, com o objetivo de aliviar os incômodos, mas não imaginam o efeito que eles podem causar no futuro.