20 de maio de 2024
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Tudo Saúde

Saiba quais são as consequências de fumar cigarro eletrônico

Estudo desenvolvido pela Universidade Columbia sugere que o vape também pode ser uma porta de entrada para outras drogas

Um estudo mostra que fumar cigarros eletrônicos aumenta o risco do consumo de maconha ou álcool em excesso entre os jovens. Para a pesquisa, feita na Universidade Columbia e publicada no periódico científico Substance Use and Misuse, foram avaliados mais de 50 mil adolescentes entre 13 e 18 anos.

A coleta de dados foi realizada a partir da enquete Monitoring the Future, que trazia perguntas sobre o consumo de nicotina, tanto em cigarros convencionais quanto eletrônicos, maconha e álcool nos últimos 30 dias. Ela foi aplicada pelo Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos Estados Unidos, que acompanha a presença do consumo de álcool e drogas em adolescentes.

Entre os resultados, foi apontado que aqueles que fumavam cigarros comuns tinham cerca de oito vezes mais risco de usar maconha. Já o uso do vape aumentou esse risco em mais de 20 vezes. Além disso, o hábito de fumar cigarro eletrônico também multiplicou por cinco a probabilidade de ocorrer um episódio de abuso de álcool no mesmo período.

O uso de drogas costuma ser iniciado a partir de substâncias que são consideradas mais “leves”, até que evolui para um consumo daquelas mais pesadas, conforme pontuou a psiquiatra Jackeline Giusti, do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo). “Os resultados da pesquisa mostram que o vape também pode ser considerado uma porta de entrada para outras drogas”, disse.

Para os autores do estudo, é preciso planejar intervenções e campanhas para reduzir o uso do cigarro eletrônico. 

 

 

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Estudos sugerem que o vape pode causar as mesmas doenças que o cigarro comum, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica. Além disso, ele é capaz de aumentar o risco de lesões agudas no pulmão e danos cardiovasculares a longo prazo.

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Os cigarros eletrônicos são proibidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil, desde a venda à publicidade do produto. Mesmo com essa medida, o consumo de vape vem aumentando no país, já que é um produto que pode ser facilmente comprado pela internet.

“Ele tem um apelo de que seria menos prejudicial, tem sabores, é feito para atrair o público jovem”, diz Giusti.

Para a especialista, o adolescente não consegue prever consequências e não se considera viciado, por achar que pode parar de usar quando quiser. Por isso, ela defende que é preciso ajudá-los a se informarem corretamente, dificultar o acesso ao cigarro e sempre supervisionar suas atividades e companhias de perto.

*Com informações da Agência Einstein
 

 

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Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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