Você já parou para pensar como você forma os seus hábitos, seja na vida financeira ou em qualquer outra área da vida? Antes disso, outra pergunta: o que é um hábito?
Segundo o dicionário online Michaelis, hábito é a inclinação por alguma ação ou disposição de agir constantemente de certo modo, adquirida pela frequente repetição de um ato. É uma forma habitual de ser ou de agir. É um procedimento repetido que conduz a uma prática.
Você já viu essa imagem circulando por aí na internet? Ela é bastante interessante:
Gosto dela porque ela mostra claramente onde está o maior desafio para todos nós, quando estamos tentando criar um bom hábito ou tentando abandonar um hábito ruim.
A ideia desta imagem é mostrar para nós que o conceito mais profundo dos nossos hábitos é o resultado da junção dessas três coisas:
1. Conhecimento, que é saber o que deve ser feito e por que isso deve ser feito.
2. Habilidade, que é saber como deve ser feito.
3. Desejo, que é simplesmente (ou não tão simplesmente assim) querer fazer.
Quando estamos falando de mudanças de hábitos financeiros em nossas vidas, também passamos por esses três pontos.
Alguns exemplos de hábitos financeiros que precisamos desenvolver: parar de gastar mais do que ganhamos; poupar todo santo mês para formar nossa reserva financeira; depois da reserva feita, continuar investindo um percentual da nossa renda todo santo mês também, para usar esse dinheiro para alcançar outros objetivos; e por aí vai.
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A Educação Financeira como ferramenta de formação de bons hábitos
A Educação Financeira é fundamental nesse processo. As finanças técnicas ajudam você a ter conhecimentos financeiros (item 1 da figura anterior) e habilidades financeiras (item 2). As finanças comportamentais ajudam você a fomentar o desejo (item 3, que coloca os itens 1 e 2 em prática).
Mas é justamente aqui onde batemos de frente com o nosso maior desafio: desejar ou querer fazer tudo o que foi aprendido com o conhecimento e habilidades desenvolvidas.
Conheço uma quantidade considerável de pessoas que têm bons conhecimentos e habilidades financeiras, mas que, por algum motivo, não conseguem fazer a coisa acontecer. Talvez o desejo não seja forte o suficiente.
Outra possibilidade é que o desejo de possuir algo hoje, seja muito maior do que o desejo de sacrificar um pouco o presente para alcançar um futuro (que logo vai ser o presente de novo) melhor. Veja que eu disse sacrificar “um pouco” do hoje. Não é para sacrificar tudo.
Educação financeira prática e realista não precisa (e nem deve) ser sofrida. Ao contrário. Ela é cultivada para deixar a gente com uma vida mais feliz, divertida e principalmente equilibrada. E no devido tempo, deixar a gente mais rico também.
Porque a busca por momentos de felicidade que se repitam ao longo da vida, passa por isso aqui: a nossa habilidade e o nosso desejo de deixar de fazer tudo o que queremos fazer agora, em função do que queremos fazer futuramente.
Pense nisso. É totalmente possível você alimentar os desejos financeiros do seu “eu” do presente e também do futuro, ao mesmo tempo. Mas… Você tem que QUERER fazer. Então, vai lá e faça acontecer. A maior parte depende só de você.