O PIB (Produto Interno Bruto) do setor agropecuário cresceu 21,6% no primeiro trimestre de 2021, segundo relatório da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil). Essa alta impulsionou o crescimento do PIB no país, que subiu 1,9% no mesmo período analisado, em comparação com o quarto trimestre de 2022. Neste intervalo, o total faturado foi de R$ 2,6 trilhões.
Esse resultado superou até mesmo as projeções de mercado, que previam um aumento de 1,2%, como foi o caso da Bloomberg e da Agência Estado. O setor agropecuário foi o grande destaque do trimestre, seguido pelo da indústria extrativa, que teve um crescimento de 2,3%. Já as indústrias de transformação e construção apresentaram queda, de 0,6% e 0,8%, respectivamente.
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De acordo com a CNA, este bom resultado para o agro não é algo pontual. O crescimento do setor é sustentado, evidenciado pela evolução de sua participação no PIB nacional na última década. Atualmente, ele representa 10,2% do PIB brasileiro. Há 10 anos, essa participação era de 5,66%, e, nesse intervalo de tempo, teve um aumento de 80,2%.
Além disso, a confederação ressalta que estes resultados também foram influenciados pelos que foram obtidos pelo setor em 2022. Neste período, a produção de alimentos no país sofreu impactos negativos por causa das adversidades climáticas, o que gerou um desempenho menos favorável.
Somada a essa base de comparação, está a expectativa de safra recorde. A produção da cultura de soja não foi afetada nem pela seca que atingiu o Sul do Brasil, e teve um crescimento de 24,7%. O milho primeira safra também teve um aumento de 9,8%, assim como a cana-de-açúcar.
Como o milho e o farelo de soja são a base da ração animal, a supersafra ajuda a diminuir os custos da produção de proteínas animais. Dessa forma, os preços da alimentação e a inflação geral também são reduzidos.
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