Praia, sol, calor e tranquilidade. Melhor ainda se acompanhado de um petisco e uma bebida gelada. No verão e na praia é difícil resistir à tentação: pastéis, espetinhos, porções fritas e salgadinhos vendidos por ambulantes e quiosques. O que seria normal em um dia na beira do mar pode colocar a saúde em risco.
Por isso é preciso ter cuidado com a qualidade do que se bebe e come fora de casa. De acordo com a Dra. Brianna Nicoletti, alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP), alimentos ou água com longo tempo de exposição ou sem refrigeração favorecem a proliferação de agentes tóxicos.
“A intoxicação alimentar é causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias, vírus, ou por suas respectivas toxinas, parasitas, por fungos ou toxinas. A contaminação ocorre durante a manipulação, preparo, conservação e/ou o armazenamento da água ou dos alimentos”, explica a especialista.
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Sintomas
Os primeiros sintomas podem surgir poucas horas após a ingestão de algo contaminado, variando de acordo com o micro-organismo causador. “O intervalo, no geral, vai de duas a 72 horas para o início dos sintomas”, explica a especialista. Porém, os sintomas sempre são parecidos: náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal, cólicas e mal-estar. “Nos quadros mais graves, ocorrem queda da pressão arterial, desidratação e perda de peso”, enumera.
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Tratamento
O primeiro passo, ao sentir um dos sintomas, é fazer repouso e ingerir muito líquido (principalmente água, água de coco e isotônicos, e evitar bebidas gaseificadas com excesso de sódio. “Quando há risco de desidratação (com vômitos e diarreia), há medicamentos para controlar as náuseas e é necessário procurar ajuda médica para repor líquidos e sais por via endovenosa”, indica Brianna.
A grande maioria das intoxicações são consideradas leves e duram poucos dias. Entretanto, alerta a especialista, “As infecções bacterianas com colites e desidratação podem durar mais tempo. E, eventualmente, poderá ser necessário tratamento mais prolongado com antibiótico. Daí a importância de consultar um médico para avaliar a gravidade e a necessidade do uso de medicamento”.
Como se prevenir
– Nunca consumir alimentos em conserva com embalagens estufadas ou amassadas
– Evitar o consumo de produtos de procedência e aspecto duvidosos
– Prestar atenção ao cheiro do produto. Em caso de dúvida, não consumir
– Verificar o prazo de validade
– Certificar se está acondicionado corretamente (fechado e sob refrigeração)
– Cuidado ao comer peixe e frutos do mar, processados e embutidos (por exemplo, o presunto), legumes e frutas. Se forem lavados com água contaminada costumam ser os causadores mais comuns da intoxicação alimentar.
– Lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro
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