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BairrosVeja histórias de comerciantes do Terminal do Ouro Verde

Veja histórias de comerciantes do Terminal do Ouro Verde

Distrito concentra histórias inspiradoras de comerciantes da Avenida Suaçuna e nas proximidades do Terminal do Ouro Verde

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As histórias de comerciantes nas proximidades do Terminal do Ouro Verde, no distrito de Campinas, são surpreendentes. João Iziquel explicava sobre a manutenção e melhora na qualidade de vida de aparelhos eletrônicos a uma cliente. Concentrado, ele mostrava a maneira correta de se carregar e elaborava uma detalhada explanação sobre baterias. E, atenta, ela o escutava. Iziquel é comerciante e, atualmente, vende eletrônicos, óculos e acessórios de celular no camelô ao lado do Terminal do Ouro Verde.

“Eu estou aqui há uns 8 anos, mas a minha família está há muito mais tempo”, explica. De acordo com o comerciante, a venda tem, pelo menos, 30 anos e tudo iniciou com o pai dele. “Quando meu pai se aposentou, ele foi morar em Minas Gerais com o meu irmão mais velho e ficaram um tempo lá”, diz. De idas e vindas, João explica que a estadia em Minas, pela família, não deu certo e, por isso, voltaram a Campinas.

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A ideia seria vender as terras no estado vizinho e aplicar o dinheiro na cidade do interior de São Paulo. “E foi aí que ele achou essa banca. Ele fez um rolo e pegou”, diz. Anos depois, o negócio ajudaria a irmã de João a completar a faculdade.

“No começo, as vendas eram muito fracas. A minha irmã, hoje, tem três casas, pra você ter uma ideia. E, hoje, estamos eu e o meu irmão aqui”,

diz.

Desafios no comércio

De acordo com Iziquel, por mais fluxo que possa ter nas proximidades do Terminal do Ouro Verde, os lucros continuam baixos. E João analisa a realidade dos camelôs naquela região. “Olha, isso aqui é um comércio de transeuntes. É um típico comércio: o cara desce do ônibus, para na banca e vê se vai comprar ou não”. Segundo ele, para prosperar, é preciso saber se diferenciar. “Aqui, por exemplo, tem uma tradição. Em cada banquinha, tem um atrativo. A minha banca troca pilha de bateria. E esse pessoal retorna. E tem gente que volta e fala com a gente”. Dessa maneira, ele é apenas um de diversos outros comerciantes que compartilham histórias no Terminal do Ouro Verde.

Diversidade em histórias e comércios no Terminal

Terminal do Ouro Verde, no Jardim Cristina, é um dos principais pontos do distrito (Foto: Tudo EP/ Anthony Teixeira)

O Terminal Ouro Verde, construído em 1988, no bairro Jardim Cristina, continua sendo um importante ponto para os moradores do distrito. Na pesquisa “Produção do espaço urbano de Campinas: um estudo sobre o bairro Jardim Ouro Verde, como contribuição ao entendimento da formação de centralidades em áreas urbanas periféricas”, de Camila Silva Garcia Morcillo, o lugar é entendido como “um importante ponto de interfluxo” que interliga as diversas regiões do município.

Por isso, há um notável desenvolvimento comercial ao redor do espaço, que varia entre formal e informal. Entre os formais, há o Hortoshopping Ouro Verde, administrado pela empresa Ceasa (Centrais de Abastecimento) de Campinas, e que conta com mais de 30 lojas.

Até 2013, o varejão do lugar era o terceiro maior ponto de vendas da rede do estabelecimento, que contava com 25 unidades espalhadas por Campinas. Na época em que o lugar foi erguido, o então prefeito de Campinas, Jonas Donizette afirmou que a revitalização do lugar tinha como objetivo recuperar os espaços públicos. 

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Ao lado de fora do Hortoshopping, sobretudo, há também alguns comércios não regularizados, que, invariavelmente, fazem parte da história do Ouro Verde. Não tão longe da banca de João, há o comércio de Mauro. No Ouro Verde, o empreendedor revela que já viu muitas transformações e muitas histórias de outros comerciantes do Terminal do Ouro Verde ao longo dos anos.

“Eu conheço esse lugar há 18 anos e, quando eu vim aqui, a gente sempre ficou aqui na frente do Terminal do Ouro Verde. E a gente vendia só R$ 5 ou R$ 10. Era tenso”, explica. “Aqui evoluiu bem”, diz.

Projeto Vozes da Nossa Gente

Essa matéria faz parte do projeto multiplataforma “Vozes da Nossa Gente” do portal ACidade ON Campinas. O projeto destaca o jornalismo hiperlocal e busca uma maior conexão com a comunidade.

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Anthony Souza
Anthony Souza
É jornalista e analista de Mídias Digitais Jr. do Grupo EP. Tem experiência com reportagens multimídia e produção de web documentário. É formado em jornalismo pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e tem afinidade com produção e edição de conteúdo para as redes sociais. Está no grupo desde 2022.
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