A Prefeitura de Campinas confirmou na tarde desta quarta-feira (23) mais uma morte por febre maculosa. Com isso, a cidade tem agora seis mortes e oito casos confirmados da doença em 2023. De acordo com a secretaria de Saúde, a vítima é um homem de 52 anos que foi infectado no município (leia mais abaixo).
As equipes apontam que o contágio aconteceu na região Leste. “O local provável de infecção é o Parque Linear Ribeirão das Pedras, na região dos bairros Santa Genebra e Vila Costa e Silva. Os primeiros sintomas foram registrados em 17 de julho e a morte aconteceu no dia 21 do mesmo mês”, diz a pasta.
De acordo com o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), o parque onde o morador teria sido picado por um carrapato está devidamente sinalizado. Apesar disso, alega que é “importante que a população respeite os avisos”, evite contato com a vegetação e fique atenta aos sinais pelo corpo e aos sintomas.
“A Secretaria de Serviços Públicos ressalta que todos os espaços acessados pela população recebem regularmente manutenção e roçagem”, pontua. As últimas mortes pela doença foram divulgadas em 2 de agosto. Entre as vítimas, está um jovem de 18 anos, que teria se infectado na Fazenda do Exército (LEIA AQUI).
Surto em fazenda
Em junho deste ano, Campinas registrou um surto de febre maculosa na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio, após a morte de quatro pessoas que frequentaram dois eventos organizados no espaço. Em todo o ano passado, a cidade teve 11 casos confirmados e sete mortes pela doença.
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Saúde diz fazer ações
A secretaria de Saúde diz que realiza “constantes atividades de prevenção”. Entre elas, palestras, ações casa a casa, pesquisas acarológicas, visitas domiciliares a casos suspeitos e vistorias em locais prováveis de infecção.
“Apenas neste ano foram cerca de 100 atividades do gênero, sendo que oito delas foram voltadas ao Exército. Em 2022 foram mais de 150 ações preventivas”, justifica ainda o comunicado oficial sobre o novo óbito.
Além disso, foi sancionada uma lei que obriga os estabelecimentos, produtores, promotores e organizadores de eventos em locais sujeitos à presença do carrapato-estrela a informem sobre o risco de febre maculosa. Para isso, foi feita uma capacitação para orientar e esclarecer dúvidas destes profissionais.
Como se cuidar?
A febre maculosa é uma infecção grave, transmitida pelo carrapato-estrela infectado. Por esse motivo, áreas de mato e pastos próximas a rios e outros cursos hídricos devem receber atenção redobrada. Segundo a Saúde municipal, locais com a presença de cavalos e capivaras também são mais suscetíveis.
Após visitar áreas como essas, é necessário observar por cerca pelo menos 15 dias os sintomas da doença, que incluem febre, dor de cabeça, dor intensa no corpo, mal-estar generalizado, náuseas, vômitos e também manchas vermelhas.
“Ao apresentar um destes sinais, a pessoa deve procurar imediatamente o serviço de saúde e informar que teve contato com o carrapato e/ou esteve com locais de risco, pois os sintomas podem ser confundidos com outras doenças febris agudas, como covid-19 e dengue”, destaca, por fim, o município.
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