A Justiça decidiu soltar nesta terça-feira (12) a psicóloga de Itu que procurou atendimento médico em um hospital particular, em Campinas, com um bebê recém-nascido morto dentro de uma mala.
O caso aconteceu na terça-feira da semana passada. A mulher estava presa desde a quarta-feira pós receber alta do Hospital São Luiz. No dia, a Justiça havia convertido sua prisão em flagrante em prisão preventiva. Ela foi levada para a Cadeia Pública Feminina de Paulínia. O caso é investigado como aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento e ocultação de cadáver.
Na decisão de hoje, o juiz Hélio Villaça Furukawa, da 2ª Vara Criminal e do Júri de Itu, onde a mulher mora, afirmou que, ‘embora se trate de um delito extremamente grave e que causou grande comoção, é necessária maior apuração para que se conclua exatamente o que ocorreu’. Ainda na decisão está determinado que a psicóloga compareça em juízo a cada dois meses, mantenha endereço atualizado e não se ausente da cidade por mais de dez dias sem autorização.
O advogado da psicóloga, Ralph Tórtima Filho, infomrou que a decisão foi “muito técnica”, além de “ponderada e humana, diante de um contexto que ainda precisa ser esclarecido”.
Ainda segundo a defesa, a cliente agiu ‘sob provável psicose puerperal’. “Infelizmente, a criança faleceu, estando a mãe extremamente abalada emocionalmente e sob cuidados médicos. Qualquer atitude sua, sob provável psicose puerperal, merece compreensão e acolhimento”, diz o texto assinado pelo advogado e divulgado na semana passada.
Ainda no hospital, a psicóloga passou por exames psicológicos antes de ser presa.
Ainda de acordo com Tortman, a gravidez foi esperada, desejada e teve todo acompanhamento médico especializado.
O que aconteceu?
De acordo com o médico pediatra Issao Kikuti Filho, o bebê já estava sem vida há aproximadamente 36 horas quando chegou ao hospital. A informação consta no boletim de ocorrência no qual a reportagem teve acesso. O documento foi registrado pela Polícia Civil.
Ainda de acordo com o B.O., a acusada disse à perícia policial que havia escondido a gravidez de seus pais “em virtude de represálias”. O namorado dela, pai do bebê, já teria outros três filhos.
O bebê teria nascido entre a quinta-feira (30) e sexta (1º) com vida, mas que morreu em seguida. Na sequência, ela o escondeu o corpo da criança dentro da mala e colocou em um armário do quarto.
Ainda de acordo com o depoimento da psicóloga, a mãe dela desconfiava da gravidez da filha, mas não acreditou que a psicóloga pudesse estar escondendo a gestação por tanto tempo. A mulher teria feito uma busca no quarto da filha e encontrou o bebê morto na mala.
Também consta no B.O, que a família, que mora em Itu, ficou desesperada e acabou trazendo a filha e o neném morto para o Hospital São Luiz, onde têm convênio. Ainda segundo o documento, a avó chegou a passar mal dento do hospital. O Boletim de Ocorrência foi registrado na 1ª Delegacia Seccional de Campinas.
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