Todos os leitos da rede pública de saúde da região de Campinas estão trabalhando em sua capacidade máxima. A secretaria de Estado da Saúde admitiu a situação em nota enviada no fim da tarde desta sexta-feira (15). Isso significa que os leitos de urgência e emergência dos Pronto-Socorros das cidades que contemplam o DRS (Departamento Regional de Saúde) Campinas estão lotados.
Há 254 leitos de urgência e emergência nas unidades de saúde municipais e estaduais na área de abrangência do DRS de Campinas.
Já no DRS Piracicaba, a taxa de ocupação é de 58,25%, em que são 252 leitos de urgência e emergência, entre unidades municipais e estaduais.
Ainda segundo a nota da secretaria, o DRS trabalha para identificar os pacientes ambulatoriais, ou seja, os casos considerados leves do Pronto-Socorro da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) para encaminhá-los aos serviços municipais de origem, como, por exemplo, UBS (Unidades Básicas de Saúde) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).
Ocupação dos leitos da rede pública
O número de internados nos hospitais estaduais da região diminuiu, mas a superlotação continua. Veja como está a ocupação dos leitos da rede pública:
Rede estadual
- Pronto-Socorro HC Unicamp (urgência e emergência): 30 leitos e 70 pacientes internados;
- Pronto-Socorro Hospital Estadual de Sumaré: 12 leitos e 24 pacientes internados.
Rede municipal
Segundo a Rede Mário Gatti, a capacidade é de 40 leitos na UTI adulto no Hospital Ouro Verde e 20 no Mário Gatti. Já na enfermaria adulto são 155 leitos no Ouro Verde e 121 no Mário Gatti.
No momento, a ocupação dos leitos varia entre 90% e 100%. A secretaria de Saúde está fazendo a gestão das vagas, com remanejamento constante, e, por isso, não é possível informar os números absolutos.
Crise na saúde pública
O comunicado da lotação dos leitos vem em meio à crise na saúde pública na região, que acontece desde o início da semana após a superlotação do HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp.
Na terça-feira (12), o setor de emergência do HC estava com superlotação de 210%. São 30 leitos no total e havia 93 adultos internados.
Por isso, o setor tinha adotado medidas que vão desde a comunicação dos serviços de resgate e regulação até a indicação de que não há previsão de atendimento de pacientes com menor grau de risco.
Reunião da secretaria estadual de Saúde
Hoje (15), a secretaria estadual de Saúde convocou uma reunião com os hospitais da rede pública para buscar soluções para a crise, que afeta principalmente a região de Campinas.
O objetivo do encontro era ampliar a malha de instalação, ou seja, fazer parcerias com hospitais da região para que pacientes que não sejam de alta complexidade possam ser transferidos. Dessa forma, o HC da Unicamp ficaria com os casos mais graves e mais complexos.
Ao todo, 12 cidades participaram da reunião: Campinas, Pedreira, Itatiba, Santa Bárbara D’Oeste, Paulínia, Americana, Valinhos, Indaiatuba, Amparo, Jaguariúna, Vinhedo e Hortolândia.
Segundo o DRS, os municípios da região se dispuseram a avaliar a possibilidade de recebimento de casos não-urgentes e a previsão é que a contrarreferência seja iniciada na próxima semana. Lembrando que cerca de 30% da demanda atendida em Campinas é de pacientes de outras cidades.
*Com informações da EPTV Campinas
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