*Com informações de Heitor Moreira/EPTV*
Os fãs de astronomia puderam admirar na noite de ontem (30) a maior e mais brilhante “Superlua” do ano, que também foi a chamada “Lua Azul“. Com o satélite mais próximo da terra, moradores fizeram registros do fenômeno. O Observatório de Campinas, no distrito Joaquim Egídio, teve o telescópio com fila grande de pessoas (veja abaixo).
Segundo o astrônomo do Observatório de Campinas, Júlio Lobo, a Lua esteve no perigeu (mais próxima da terra) às 12h54 e a distância foi de 357.181 km – a menor do ano. Além disso, ela chegou à fase cheia às 22h35.
Com céu aberto, o fenômeno ficou visível a olho nu e foi apreciado por muitos. Esta foi a segunda Superlua do mês, a primeira foi no dia 1º. Quando isso acontece, a segunda é chamado folcloricamente de Lua Azul (Blue Moon).
Veja registros da Superlua:
Evento com fila grande
A gigante da noite foi protagonista de um evento no Observatório de Campinas, que teve filas de visitantes para observar o fenômeno raro. Uma das lunetas tinha ainda um filtro azul para fazer jus ao nome do fenômeno.
Na espera para observar a Lua pelo telescópio, o projeto “O que te assombra” contou histórias de assombrações, como a do “lobisomem de Campinas”.
Atraindo olhares de muitos pela cidade, a moradora Marta Pergorelli não se contentou em ver de casa, e foi uma das visitantes, levando os netos para o Observatório.
“Sempre que tem Lua Cheia na janela a gente já fica de casa admirando então a gente não podia perder a oportunidade de vir hoje e trazer as crianças para ‘olhar mais de perto'”, afirmou.
Admirado no espaço, o neto fez elogios para a Lua. “Ela é grande igual um gigante”, opinou animado Miguel Pergorelli, de apenas 5 anos.
O que é?
O fenômeno popularmente conhecido como “Superlua” ocorre sempre que a lua ocupa o perigeu, ou seja, tem a posição mais próxima da Terra. O evento é ainda mais especial quando coincide com a fase cheia, fazendo com que a lua seja percebida com um tamanho muito superior ao normal.
A “Superlua”, que pode ser cheia ou nova, ocorre de uma a seis vezes por ano. A primeira “Superlua” deste ano foi em julho. A quarta e última será em setembro.
“Na idade média esse termo era usado como expressão popular, como ‘nem que a Lua fique azul isso vai acontecer’. Seria algo como: ‘nem que a vaca tussa’, denotando algo impossível de acontecer”, explica o astrônomo.
Coberta de superstições, esotéricos também indicaram rituais para fazer durante a noite de “Lua Azul”.
Evento raro
Segundo o astrônomo do Observatório, duas luas cheias em um mesmo mês são raras. Isso ocorre a cada 2,5 a 3 anos. Já a ocorrência de duas “Superluas” no mesmo mês, é ainda mais rara. A última vez que duas “Superluas” completas apareceram no céu no mesmo mês foi em 2018. Isso não acontecerá novamente até 2037.
“Ter duas luas no perigeu é uma coisa que não acontece com tanta frequência no mesmo mês”, afirmou.
Ainda de acordo com o astrônomo, o evento da segunda Lua cheia só poderá ser visto novamente em 2026. Veja as datas:
• 31 de maio de 2026, às 05h45
• 31 de dezembro de 2028, às 13h48
• 30 de setembro de 2031, às 15h58
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