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CotidianoPF prende empresário foragido de operação que investiga fraudes em bancos digitais

PF prende empresário foragido de operação que investiga fraudes em bancos digitais

Operação “Concierge” foi deflagrada no final do mês de agosto e já prendeu 15 pessoas, além de apreender 30 carros de luxo

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A Polícia Federal de Campinas prendeu na manhã desta segunda-feira (30), um empresário foragido, que é um dos procurados da Operação “Concierge”, que busca desarticular uma organização criminosa envolvida em crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. A ação foi deflagrada no final do mês passado, quando foram apreendidos 30 carros de luxo e presos dois presidentes de bancos digitais. 

O investigado foi detido na cidade de Votorantim, que fica na região de Sorocaba, e atuava em uma das fintechs investigadas na operação. De acordo com a PF, ao perceber a chegada dos policiais, o empresário fugiu para a mata atrás do condomínio onde se escondia, tendo sido capturado pelos policiais.  

Até o momento de publicação desta matéria, 15 pessoas já foram presas durante a Operação “Concierge”, sendo 14 quando a operação foi deflagrada, no dia 28 de agosto. Ainda resta um investigado procurado.  

Entenda a operação que prendeu empresário foragido 

O trabalho de investigação da Polícia Federal começou há cerca de um ano, antes mesmo da deflagração da operação que prendeu um empresário foragido. De acordo com a PF, os criminosos ofereciam contas clandestinas por meio da T10 Bank e a InoveBanco – dois bancos digitais, chamados fintechs, que não tinham autorização do Banco Central para operar no sistema financeiro internacional.  

Eles ofereciam contas bancárias clandestinas inclusive pela internet e, segundo a polícia, não prestavam contas à Receita Federal. Essas contas, anunciadas em sites na internet, permitiam transações financeiras ocultas dentro do sistema bancário oficial, facilitando operações ilícitas realizadas por facções criminosas e empresas com pendências tributárias e trabalhistas. Dessa forma, o dinheiro encaminhado ao banco digital fraudulento não poderia ser rastreado após o envio dos valores a grandes brancos.  

O grupo criminoso anunciava as contas como contas garantidas porque eram invisíveis ao sistema financeiro e blindadas contra ordens de bloqueio, penhora e rastreamento. Elas funcionavam por meio de “contas bolsões”, que não tem conexão entre remetentes e destinatários, e também não ligam os correntistas com os bancos de hospedagem.   

Além das “contas bolsões”, a organização ainda usou máquinas de cartão de crédito em nome de empresas de fachada para lavar dinheiro e realizar pagamento de atos ilícitos de forma oculta.   

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A PF afirma que as fraudes movimentaram R$ 7,5 bilhões e beneficiaram facções criminosas, empresas com dívidas trabalhistas e outras irregularidades.   

Esquema beneficiava facções criminosas 

As investigações da PF ainda apontam que a organização criminosa teria ocultado valores e lavado dinheiro do crime organizado, incluindo o tráfico de drogas. O relatório da operação que prendeu um empresário foragido nesta segunda (30) aponta ao menos, duas relações da quadrilha com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). 

De acordo com a investigação, o primeiro indício de relação entre a quadrilha e a facção criminosa envolve a UPBus, empresa de ônibus que atua na capital paulista. Uma investigação divulgada pelo MP (Ministério Público) estadual em abril, mostra que a empresa é suspeita de lavar dinheiro do tráfico de drogas.  

A investigação da PF descobriu que a UPbus usou a fintech T10 Bank, de Campinas, para esconder dinheiro do sistema financeiro e evitar bloqueio de valores, uma vez que a empresa devia R$ 61 milhões em impostos para o governo federal. 

De acordo com o relatório, “o delegado de Polícia Federal enfatizou que este fato seria um evento notório, envolvendo a instituição financeira clandestina T10 Bank atuando como blindagem patrimonial do dinheiro do tráfico de drogas do PCC”. 

Outra associação com a facção criminosa seria feita por Denis Arruda Ribeiro, um dos donos da T10 Bank. Segundo a investigação, ele é sócio oculto da Yespay Soluções de Pagamento. 

A Justiça diz no relatório que a “autoridade policial apresentou os elementos indiciários quanto à ocorrência de suposta lavagem de capitais para o PCC por meio da YESPAY Soluções de Pagamento LTDA.” 

O que dizem os bancos? 

Em nota enviada ao acidade on, os advogados do Inove Global Group negaram veementemente ter relação com os fatos mencionados pelas autoridades policiais e veiculados pela imprensa, e ainda ressaltaram “total disposição em colaborar com as investigações”. Por fim, a instituição afirma que é uma empresa de tecnologia ligada a meios de pagamento, e nega ser uma instituição financeira e um banco digital. 

A equipe da EPTV também procurou o T10 Bank para ter uma posição sobre o caso, mas não houve retorno até o momento de publicação desta matéria.  

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