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CotidianoPGJ monta força-tarefa para investigar queda de avião em Vinhedo

PGJ monta força-tarefa para investigar queda de avião em Vinhedo

O objetivo da investigação é apurar a eventual responsabilização civil e criminal de pessoas e da companhia aérea, além de acolher parentes das 62 vítimas da tragédia

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O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, instituiu nesta quarta-feira (14) uma força-tarefa para investigar em que circunstâncias ocorreu a queda do avião da Voepass que matou 62 pessoas em Vinhedo na última sexta-feira (9). Segundo a resolução, o objetivo é apurar a eventual responsabilização civil e criminal de pessoas e da companhia aérea.

Além dos Promotores de Justiça de Vinhedo e do Consumidor da Capital, o grupo vai ter a participação de membros do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), incluindo o Cybergaeco, a unidade que investiga crimes no âmbito cibernético, e o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência.

Entre as atribuições do grupo, está o atendimento integral aos familiares das vítimas, oferecendo acesso à informação e assistência jurídica, psicológica e social, entre outros.

Identificação das vítimas

Segundo o IML (Instituto Médico Legal) Central, que fica na capital paulista, até esta quarta-feira (14), 56 corpos foram identificados. Desses, 27 foram liberados aos familiares, que são os primeiros a serem comunicados sobre o andamento do trabalho de reconhecimento.

De acordo com a Superintendência da Polícia Técnico-Científica, todas as vítimas morreram por politraumatismo. A identificação dos corpos ainda não tem prazo para terminar.

Ainda nesta manhã, um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) decolou com mais três urnas funerárias com destino a Cascavel (PR), cidade onde o avião decolou. Ontem (13), outras três urnas foram para Cascavel e Pelotas (RS). O translado é feito com a aeronave C-105 Amazonas, da FAB.

Análise das caixas-pretas do avião que caiu em Vinhedo

a foto mostra os equipamentos que gravaram os dados, eles estão sobre uma mesa
O Cenipa informou que conseguiu extrair com êxito as gravações de voz e de voo feitas pelas caixas-pretas retiradas dos escombros do avião. (Foto: Divulgação/Cenipa)

A FAB confirmou na tarde desta terça-feira (13) que as caixas-pretas do ATR 72 que caiu em Vinhedo gravaram “com êxito” os registros de voz e dados da aeronave relacionados ao acidente aéreo.

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Os gravadores estão sendo analisados desde sábado (10) no Labdata (Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo) do Cenipa, em Brasília (DF). São duas caixas-pretas:

  • Cockpit Voice Recorder (CVR): um gravador que registra as conversas e sons dentro da cabine de pilotagem.
  • Flight data recorder (FDR): um gravador de informações e parâmetros da aeronave, como altitude, velocidade, posição das manetes, botões acionados, entre outros dados técnicos da aeronave ao longo do trajeto.

O Cenipa explicou que os peritos debruçados no gravador de áudio (CVR) estão fazendo um estudo minucioso dos diálogos e sons da cabine a fim de identificar, entre outras coisas, os “possíveis alarmes sonoros” que apitaram na aeronave momentos antes da queda. Para isso, pode ser necessário o uso de software de análise do som.

Já os peritos responsáveis pelo gravador de dados (FDR) estão no processo de conversão das informações eletrônicos para unidades de engenharia, explicou o brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

O brigadeiro também informou que os dois motores do avião serão analisados em São Paulo para verificar se estavam com potência no momento do acidente.

Investigações policiais

Além das investigações do Cenipa, a PF (Polícia Federal) informou na manhã desta quarta-feira (14) que trabalha na produção de dois laudos periciais que são considerados fundamentais para a investigação que apura as responsabilidades pela morte das 62 pessoas a bordo.

Segundo a Polícia Federal, o primeiro laudo, que descreve o local da queda, deve ser entregue em cerca de 90 dias. Já para o segundo laudo, PCFs (Peritos Criminais Federais) vão acompanhar todos os exames, ensaios e testes realizados no Cenipa, incluindo análise dos destroços, do motor, das caixas pretas e outros. Esse último laudo deve apontar as possíveis causas do acidente.

A Polícia Civil também instaurou um inquérito para investigar o acidente na Delegacia de Vinhedo, sob a condução da delegada Denise Margarido, da Delegacia de Vinhedo.

O Cenipa finalizou, na segunda-feira (12), a ação inicial de investigação e remoção de parte da aeronave, e tinha entregado a área à Voepass para que a companhia fizesse a triagem dos objetos pessoais e bagagens das 62 vítimas. Os trabalhos, porém, precisaram ser paralisados devido ao encontro de novo material genético em meio aos destroços do avião.

O que diz a Voepass sobre o acidente do avião em Vinhedo

No primeiro pronunciamento após a tragédia aérea que matou 62 pessoas em Vinhedo, o presidente da companhia Voepass, comandante José Luiz Felício Filho, expressou solidariedade às famílias das vítimas e destacou que a empresa segue “as melhores práticas internacionais” de segurança.

“Sou piloto há mais de 30 anos e hoje o comandante mais antigo dessa empresa. Vim de uma origem de transportadores e, desde que assumi a presidência dessa empresa em 2004, sempre construí uma base com diretrizes sólidas e sempre pautadas pelas melhores práticas internacionais para garantir a segurança operacional de todos. A vida dos nossos passageiros, assim como dos nossos tripulantes, sempre foi e continuará sendo nossa prioridade número um”, disse.

O presidente e cofundador da companhia aérea destacou, ainda, que a empresa se responsabiliza “integralmente” por transporte, hospedagem, alimentação, translado, apoio psicológico e todas as despesas necessárias para as pessoas afetadas pelo acidente.

“Como presidente e cofundador dessa empresa, estou aqui para dizer que é um momento de grande pesar para todos nós da família Voepass. Toda a nossa equipe está voltada para garantir a assistência irrestrita aos familiares das vítimas. Não estamos medindo esforços logísticos e operacionais para que todos recebam nosso efetivo apoio neste momento”, afirmou.

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Laura Nardi
Laura Nardi
Assistente de Mídias Digitais no ACidade ON Campinas. Graduanda em Jornalismo pela PUC-Campinas, tem passagem pelos portais Tudo EP e Jornal de Valinhos. Adentrou no Grupo EP em 2023 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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