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CotidianoVacina contra dengue no SUS: Campinas fica de fora da lista; veja quem vai receber as doses

Vacina contra dengue no SUS: Campinas fica de fora da lista; veja quem vai receber as doses

Vacinação contra a dengue pelo SUS está prevista para começar em fevereiro, mas enfrenta o desafio da baixa quantidade de doses

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Campinas não está entre os municípios brasileiros selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (25) uma lista com 521 cidades, em 16 estados e o DF (Distrito Federal), que vão receber o imunizante Qdenga pela rede pública (saiba mais abaixo). Esse número representa pouco mais de 10% do total de municípios no país.  

Segundo a pasta, as cidades escolhidas compõem um total de 37 regiões de saúde que são consideradas endêmicas para a doença. Essas regiões atenderiam a três critérios:   

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  1. São formadas por municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes;   
  2. Registram alta transmissão de dengue no período 2023-2024;   
  3. Têm maior predominância do sorotipo DENV-2.   

Campinas vive uma epidemia de dengue. No ano passado a cidade registrou 11.265 casos e três óbitos pela doença – dados parciais até 24 de janeiro deste ano. Neste ano, Campinas já totaliza 855 casos de dengue, mas nenhum óbito.

A preocupação é com os tipos 3 e 4 da dengue, já presentes em outros municípios brasileiros, e por conta da recorrência das ondas de calor, que favorecem a proliferação do Aedes aegypti. 

A vacina da dengue

O Brasil é o primeiro país no mundo a oferecer a vacina contra a dengue na rede pública, mas enfrenta o desafio da baixa quantidade de doses. O Ministério da Saúde vai receber pouco mais de seis milhões de doses, em que 5,2 milhões foram compradas do laboratório Takeda e 1,3 milhões foram doadas.  

A vacinação contra a dengue pelo SUS está prevista para começar em fevereiro. A lista completa com os municípios selecionados para receber as doses pode ser conferida aqui.  

Público prioritário  

Diante da baixa quantidade de doses, o público prioritário para ser vacinado contra a dengue vai ser menor, já que são necessárias duas doses para ter a imunização completa, com um intervalo de três meses de diferença entre cada uma.   

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O Ministério da Saúde definiu como prioridade para a vacinação crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue. Números mostram que, de janeiro de 2019 a novembro de 2023, o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada.  

“A definição de um público-alvo e regiões prioritárias para a imunização foi necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina. A primeira remessa com cerca de 757 mil doses chegou ao Brasil no último sábado. O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica”, explicou a pasta. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro.  

Conforme a farmacêutica responsável informou ao Ministério da Saúde, a previsão é que as 5,2 milhões de doses restantes sejam entregues ao longo do ano, até dezembro. Para 2025, a pasta já contratou 9 milhões de doses.  

E a rede particular de saúde?   

O registro da Qdenga foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em março do ano passado. Desde então, clínicas particulares já passaram a disponibilizar o imunizante para seus consumidores.   

Nos laboratórios particulares de Campinas, a vacina contra a dengue fabricada pelo laboratório japonês Takeda Pharma começou a ser aplicada em junho do ano passado. Na época, as doses da Qdenga custavam R$ 450 cada uma.  

Agora, a vacina contra a dengue passa a integrar também o PNI (Programa Nacional de Imunizações), que conta com as vacinas aplicadas gratuitamente pelo SUS.  

Como funciona a Qdenga?  

O imunizante escolhido para a vacinação contra a dengue é o Qdenga (TAK-003), produzido pelo laboratório japonês Takeda Pharma. Ele foi incorporada ao SUS em dezembro do ano passado, após análise da Conitec (Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias).  

A vacina contém vírus vivos atenuados da dengue. Por isso, ela induz respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus da dengue.  

Qual a eficácia da vacina contra a dengue?  

De acordo com a SBim (Sociedade Brasileira de Imunizações), a vacina demonstrou ser eficaz contra três sorotipos do vírus da dengue: DENV-1 em 69,8% dos casos; contra o DENV-2 em 95,1%; e contra o DENV-3 em 48,9%.  

Já a eficácia contra o DENV-4 não pôde ser avaliada à época devido ao número insuficiente de casos de dengue causados por esse sorotipo durante o estudo. Também houve eficácia contra hospitalizações por dengue confirmada laboratorialmente, com proteção geral de 84,1%, com estimativas semelhantes entre soropositivos (85,9%) e soronegativos (79,3%).  

Quem não deve tomar a vacina?  

Conforme especificado na bula, o imunizante é indicado para pessoas de 4 a 60 anos. Como toda vacina de vírus vivo, a Qdenga é contraindicada para gestantes e mulheres que estão amamentando, além de pessoas com imunodeficiências primárias ou adquiridas e indivíduos que tiveram reação de hipersensibilidade à dose anterior.  

Mulheres em idade fértil e que pretendem engravidar devem ser orientadas a usar métodos contraceptivos por um período de 30 dias após a vacinação.  

Outros imunizantes  

A Qdenga é a primeira vacina contra a dengue aprovada no Brasil para um público mais amplo, já que o imunizante aprovado anteriormente, Dengvaxia, do laboratório francês Sanofi- Pasteur, só pode ser utilizado por quem já teve dengue. A Dengvaxia não foi incorporada ao SUS e é contraindicada para indivíduos que nunca tiveram contato com o vírus da dengue em razão de maior risco de desenvolver quadros graves da doença. 

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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