Foi aprovado, no dia 13 de junho, na Câmara dos Deputados, o projeto de lei 2.250/23, que dará aos participantes dos fundos de previdência complementar a possibilidade de utilizar seus planos VGBL e PGBL como garantia de empréstimos pessoais. A proposta seguirá, agora, para o Senado.
Na prática, determinadas instituições financeiras já utilizam alguns investimentos em garantia em operações de empréstimos, inclusive planos de previdência de entidades abertas, tanto VGBL como PGBL. É o caso da XP Investimentos e de escritórios de AAIs plugados à rede, como a Blue3 Investimentos.
Agora, com essa lei sendo aprovada, o que muda é que permitirá a todas as instituições financeiras oferecer essa modalidade aos clientes de forma mais ampla.
Taxas mais baixas
Os empréstimos com garantia real têm taxas de juros mais baixas, já que a instituição sabe que possui um risco muito baixo de inadimplência. Isso porque, caso o pagamento não seja feito por parte do cliente, seu investimento em garantia será utilizado para quitá-las.
O projeto de lei estende a regra para os seguros de vida, os planos de capitalização e o fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI).
Sobre os empréstimos, falamos outras vezes aqui na coluna sobre o quanto eles devem ser evitados. Mas, há situações em que não se tem alternativa. Assim, se for este o caso, procure opções como esta, que aceitam uma garantia real. E, portanto, cobram juros mais baixos.
Mas, caso você não possua aplicações para colocar em garantia, pode optar por utilizar algum bem imóvel. Neste caso, precisa saber que tem condições de honrar o compromisso, para não ficar sem o bem.
Algumas vezes, se descobre que o limite de crédito liberado é maior do que o que você estava esperando. Nesse sentido, muito cuidado para não cair na tentação e acabar se endividando. Planeje muito bem qual o valor do empréstimo que você precisa e pegue somente o necessário.
Outra opção são os empréstimos consignados, em folha de pagamento, e que são debitados diretamente do seu salário. Nessa modalidade os bancos também costumam aplicar taxas mais baixas, não esqueça que o segredo, neste caso, é barganhar. Todos os bancos querem que a sua folha de pagamento esteja com eles, atualmente você pode escolher onde quer receber seu salário, não existem mais a necessidade de ficar preso ao banco que a sua empresa escolheu.
Outro ponto muito importante são as simulações em várias instituições, Veja qual a negociação com a taxa mais baixa, nestas simulações considere sempre o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento, pois ele engloba todos os valores pagos como, IOF, Seguros, Juros e taxas de contratação dos empréstimos etc. Desta forma ficará fácil escolher qual a melhor alternativa.
