2 de junho de 2024
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EP Agro

Agronegócio brasileiro é alvo de 10% dos ataques cibernéticos de ransomware

Setor precisa adotar medidas para evitar ações de criminosos

 

 

O agronegócio brasileiro é um dos setores mais afetados por ataques cibernéticos, representando cerca de 10% dos ataques de ransomware no país em 2023. A constatação é do relatório semestral da Apura Cyber Intelligence S/A, empresa especializada em segurança digital. 

O crescimento do agronegócio, impulsionado pelo avanço da tecnologia, é um dos principais fatores que contribui para essa vulnerabilidade. A adoção de sistemas digitais para controle de produção, logística e comercialização de produtos agrícolas torna as empresas do setor mais suscetíveis a ataques de hackers. 

Além disso, o agronegócio é um setor de grande importância econômica, movimentando bilhões de reais anualmente. Esse volume financeiro também torna as empresas do setor um alvo atraente para cibercriminosos. 

Em um caso recente, a empresa Dole Food, uma das maiores produtoras de frutas e vegetais do mundo, foi vítima de um ataque ransomware. O ataque afetou significativamente a distribuição dos produtos nos Estados Unidos, causando prejuízos estimados em torno de US$ 10 milhões.   

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Em outro caso, sistemas de irrigação automatizados utilizados por fazendas no norte de Israel também foram alvos de um ataque cibernético. Como resultado, muitos desses sistemas tiveram de ser completamente desligados, sendo necessária a irrigação manual das plantações. 

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“A característica descentralizada e, muitas vezes, dispersa das organizações envolvidas no agronegócio também contribui para sua vulnerabilidade a ataques cibernéticos. Pequenos e médios produtores rurais, por exemplo, podem ter menos recursos para investir em segurança digital, tornando-se alvos fáceis para os hackers”, explica Sandro Suffert, CEO da Apura. 

Diante desse cenário, é fundamental que as empresas do agronegócio estejam cientes dos riscos e adotem medidas adequadas de segurança cibernética. Investimentos em tecnologia e infraestrutura robustas, além da conscientização dos funcionários sobre boas práticas de segurança, são essenciais para proteger os sistemas e dados sensíveis. 

“É imprescindível que o agro, responsável por um importante pilar da economia brasileira, esteja preparado para enfrentar os riscos cibernéticos. Somente com uma postura proativa e investimentos em segurança digital, a indústria agropecuária poderá minimizar os impactos e preservar seus dados, evitando prejuízo financeiros e danos irreparáveis à reputação das empresas do setor, preservando seu crescimento e desenvolvimento sustentável”, reforça Suffert.  

Algumas medidas que as empresas do agronegócio podem adotar para se proteger contra ataques cibernéticos: 

– Investir em tecnologia e infraestrutura robustas, incluindo firewalls, antivírus e sistemas de backup. 

– Conscientizar os funcionários sobre boas práticas de segurança, como a importância de usar senhas fortes e evitar abrir e-mails de remetentes desconhecidos. 

– Realizar treinamentos regulares sobre segurança cibernética para todos os funcionários. 

– Ter um plano de resposta a incidentes cibernéticos. 

 

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Rafaela Viveiros
Formada em Jornalismo pela Universidade Paulista (Unip). Jornalista do Grupo EP, repórter do Tudo EP, está no portal desde 2021 e possui experiências com produção de matérias para os portais, edição de vídeos, imagens e criação de conteúdo para as redes sociais.
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