Em 2023, o Brasil deve se tornar o maior exportador de milho do mundo, conforme aponta projeção da consultoria AgRural e do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). As análises mostram que os embarques podem ultrapassar 47 milhões de toneladas do grão, volume que é 10% maior do que o registrado no ano passado.
Nos últimos anos, o país tem aumentado o ritmo de exportações de milho. Em 2021, o cereal gerou uma receita de US$ 4,2 bilhões com 20,49 milhões de toneladas exportadas. Já em 2022, os embarques praticamente dobraram, batendo o recorde de 43,17 milhões de toneladas do grão e triplicando o faturamento para US$ 12,3 bilhões.
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Neste ano, no primeiro trimestre, a alta dos embarques continuou, com quase 10 milhões de toneladas de milho vendidas no mercado mundial. Para comparação, esse volume corresponde a quase três vezes mais que o exportado no mesmo período no ano passado, 3,5 milhões de toneladas do grão.
Um dos fatores que favorece o Brasil em se tornar o maior exportador mundial de milho é o investimento tecnológico nas fazendas. Com essa iniciativa, a produtividade média do cereal tem aumentado e deve passar de 4.367 kg/ha na safra 2021/2022 para 5.683 kg/ha na temporada atual.
Essa questão está somada à lenta exportação dos Estados Unidos e aos preços pouco competitivos do milho norte-americano, que abrem ainda mais espaço para o destaque brasileiro. Os EUA sempre tiveram reconhecimento por sua produção e exportação do grão, mas com os produtores norte-americanos optando por reter o milho para vender posteriormente, os preços acabaram sendo impulsionados, o que favoreceu as exportações brasileiras nos últimos tempos.
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