31 de maio de 2024
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EP Agro

Confira quais são as principais pragas do arroz

O 12º Levantamento Safra 22/23 da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou 10 milhões de toneladas para a safra deste ano

Arroz (Foto: Reprodução/Freepik)

Os meses de setembro e outubro marcam o período de plantio da safra de arroz em todo o Brasil, com exceção da região Sudeste. De acordo com o 12º Levantamento Safra 22/23 da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra deste ano está projetada para atingir 10 milhões de toneladas.

No entanto, para chegar a esse valor, os agricultores precisam se atentar ao combate das principais pragas do arroz, evitando prejuízos na colheita. Veja quais são:

BRUSONE

Doença do arroz mais expressiva ao redor do mundo, a brusone provoca perdas significativas no rendimento das cultivares suscetíveis, quando as condições ambientais são favoráveis. Esses danos na colheita dependem, principalmente, do grau de resistência da cultivar, do estágio em que a lavoura é afetada e da severidade da doença.

Os prejuízos causados por essa praga na plantação podem ser reduzidos por meio de práticas culturais, uso de fungicidas no tratamento de sementes e em pulverizações da parte aérea e pelo uso de cultivares moderadamente resistentes.

BICHEIRA-DO-ARROZ

Uma das espécies de insetos que mais causa danos à cultura do arroz irrigado no Brasil. Os cultivares precoces tendem a ser mais danificados do que os tardios pela bicheira-do-arroz. No caso desses arrozais plantados a mais tempo, os prejuízos podem variar de 20% a 30%. 

 

 

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CAPIM-ARROZ

O capim-arroz é uma planta daninha que surge tanto em solos secos quanto inundados. Ela pertence à família das gramíneas, podendo chegar a medir até 1,4 metros de altura, e interfere no crescimento da cultura e reduz o rendimento dos grãos de arroz.

TIRIRICA

Comum em terrenos úmidos, essa praga do arroz é uma planta invasora que infesta culturas de arroz irrigado, canais de irrigação e drenagem, margens de estradas, além de pastagens e gramados. As perdas podem chegar a até 50% da produtividade e desenvolvimento de plantas.

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LAGARTA-DA-PANÍCULA

Essa é uma praga difícil de ser encontrada, por isso é importante que, depois da emissão da panícula, sejam realizadas amostragens diárias, de preferência ao final da tarde, onde algumas lagartas podem ser encontradas nas folhas superiores. Quando há infestação de lagarta-da-panícula, os sintomas podem aumentar e medidas de controle devem ser adotadas, já que os prejuízos podem chegar a 20%.

PULGÃO-DA-RAIZ

O pulgão da raiz é uma praga de arroz que tem sua população composta por fêmeas que se reproduzem sem acasalamento, em que tanto as formas jovens como as adultas removem fluidos das plantas.

Quando ocorrem em grande número, elas causam alterações no sistema radicular, amarelecimento das folhas e paralização do crescimento das plantas. Nos anos de seca, os prejuízos costumam ser maiores.

BICHEIRA-DA-RAIZ

Essa praga causa danos à cultura do arroz irrigado tanto em sua forma adulta (gorgulho-aquático) quanto de larva (bicheira-da-raiz). No entanto, a fase de larva, que fica submersa no solo inundado, é a mais prejudicial à produtividade.

Ao entrarem na lavoura, os adultos atacam as folhas, deixando cicatrizes longitudinais brancas, mas não causam danos. Em seguida, as fêmeas põem os ovos nas folhas e colmos, acima da lâmina da água surgindo as larvas que se alimentam no local da postura, e após 1 a 2 dias chegam às raízes, onde surgem as pupas.
 

 

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MANCHA-PARDA

A mancha-parda foi responsável por causar a “fome de Bengala”, em 1942, quando mostrou seu potencial destrutivo. Apesar do ocorrido, ela não costuma causar perdas tão drásticas na plantação de arroz.

Favorecida pelo excesso de chuvas e pela baixa luminosidade durante a formação dos grãos, a umidade e temperaturas entre 20°C e 30°C são condições propícias para o desenvolvimento da doença. Em ataques severos, todos os grãos da panícula ficam manchados, resultando em espiguetas vazias e, consequentemente, em redução do peso. No beneficiamento, os grãos manchados apresentam gessamento e coloração marrom-escura, interferindo na qualidade final da cultura.

CAPIM-BRAQUIÁRIA

O capim-braquiária é uma praga de arroz forrageira de origem africana, mas que está adaptada desde as regiões do Sul do Brasil até o Sul dos Estados Unidos. Com ciclo anual, ela apresenta hábito decumbente, boa ressemeadura natural e longo período vegetativo se bem manejado.

Seu surgimento se dá de forma espontânea como invasora em lavouras de verão, quando apresenta a maior produção de forragem, perdurando até o início do outono, florescendo e desaparecendo com o frio. Capim-braquiária é uma praga muito agressiva na cultura do arroz, podendo reduzir até 90% da produtividade e 60% no desenvolvimento das plantas.

Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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